O Conselho de Consumidores (CC) levou a cabo um teste de qualidade óptica e durabilidade aos 10 pares de óculos de sol, cujo preço após o desconto varia entre 60 e 1800 patacas. O resultado reflecte que existe uma relação directa entre o preço e a qualidade dos óculos de sol, dado que vários óculos de sol no valor superior a mil patacas não tiveram um desempenho melhor do que os óculos de sol no valor inferior a cem patacas.

Os óculos de sol servem para proteger os olhos dos raios UV, porém, nos últimos anos tornaram-se um acessório de moda e vendem-se no mercado a um preço muito diferenciado. Deste modo, o CC recolheu e submeteu 10 referências de óculos de sol a um teste laboratorial no sentido de verificar a sua qualidade.

15 componentes a analisar no teste

No teste de qualidade óptica, foram analisados a transmitância dos raios UV, a uniformidade da transmitância luminosa da lente, a diferença da transmitância luminosa entre as lentes, o desequilíbrio prismático, a esfera e o cilindro. Os óculos de sol que tenham sido reprovados nestes aspectos não têm uma protecção suficiente aos olhos e ainda podem danificar a visão do utente.

Protecção anti-UV é a função principal dos óculos de sol

A transmitância dos raios UV é o indicador principal a avaliar a protecção anti-UV dos óculos de sol. As 10 amostras não tiveram uma protecção anti-UV muito diferenciada no teste de transmitância dos raios UV com comprimento de onda entre 280 e 380nm. Contudo, alguns óculos de sol mais caros tiveram uma classificação pior em outras componentes do teste de qualidade óptica.

Quanto ao teste de durabilidade, foram analisadas a robustez das lentes, a resistência à pressão, à transpiração e à temperatura elevada. Os 10 óculos de sol testados também não tiveram desempenho muito diferente nestes aspectos.

Classificação final do teste reflecte que um par de óculos de sol caro não significa que é de melhor qualidade

O teste de qualidade óptica tem um peso de 65% e o teste de durabilidade tem um peso de 35% na classificação final. Um par de óculos de sol que após o desconto custa menos de 700 patacas obteve a melhor classificação final. Merece atenção que dois pares de óculos de sol com 1600% de diferença de preço tiveram a classificação idêntica, enquanto dois pares no valor mais de mil patacas tiveram a pior classificação.

Sugere-se que o consumidor consulte o relatório do teste

O CC aconselha que, na escolha dos óculos de sol, o consumidor dê maior importância às suas funções e ao grau de conforto, devendo experimentar os óculos para sentir se a cor das lentes, a armação são correspondentes às suas necessidades. Também pode tomar como referência o relatório do teste supracitado para a compra dos óculos de sol. Convém que compre os óculos de sol acompanhados do manual de instruções e, no caso de sentir desconforto após o uso, reflicta o problema junto da loja e vá a um médico oftalmologista.

Por outro lado, as lojas também devem fornecer, por iniciativa, mais informações sobre os produtos vendidos ao consumidor, avisando se os óculos de sol que pretende comprar são adequados ao uso na condição em neve e na condução, por forma a proteger os direitos e interesses e a segurança do consumidor.

O relatório do presente teste, as sugestões sobre a escolha e o uso dos óculos de sol e alguns conhecimentos básicos sobre os mesmos agora estão disponíveis na página electrónica do CC (www.consumer.gov.mo) e serão publicados na revista “O Consumidor” n.º 277 que se lançará em breve.

Para qualquer questão pode ligar para a linha aberta do CC: 89889315.