O Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve, hoje (2 de Junho), na Sede do Governo, um encontro com a vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da China, Ding Xiangqun, e outros representantes, no qual trocaram opiniões sobre temas que os preocupam, tais como, o papel do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa e o reforço do apoio a Macau na construção da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Chui Sai On começou por dar as boas-vindas a Ding Xiangqun, que se encontra em Macau a participar no VIII Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas e actividades relativas, e que presidiu com ele, ontem, à cerimónia do descerramento da placa alusiva ao estabelecimento da Sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa em Macau. O Chefe do Executivo afirmou que o estabelecimento oficial da Sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa em Macau é indissociável do apoio e consideração do Governo Central e do Banco de Desenvolvimento da China. Reiterou que este acontecimento marca dois pontos importantes, o primeiro é que o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) vai, tal como sempre, apoiar activamente os países de língua portuguesa, nomeadamente o desenvolvimento na área financeira, o segundo será a elevada atenção às medidas políticas favoráveis a Macau anunciadas pelo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que visitou o território, no ano passado, estando-se a desenvolver, de forma dinâmica, os trabalhos, incluindo o empenho de maior esforços no desenvolvimento do sector financeiro com características próprias.
Por sua vez, a vice-presidente, Ding Xiangqun, agradeceu a Chui Sai On a consideração dada aos trabalhos do Banco de Desenvolvimento da China, nomeadamente o apoio prestado durante o processo de estabelecimento da Sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa em Macau. Esta responsável aproveitou para fazer uma breve apresentação sobre a dimensão e as principais actividades do Banco de Desenvolvimento da China. Revelou que o Conselho de Estado considera claramente que o Banco é uma instituição financeira de desenvolvimento, ou seja, um banco que serve a estratégia nacional, sendo o maior banco de cooperação de investimento e financiamento estrangeiro da China, de crédito a médio e longo prazo e de obrigações. Acrescentou que agora a situação geral de operação é relativamente estável. Ao mesmo tempo, o Banco vai coordenar com as políticas nacionais para lançar recursos nos países e regiões abrangidas pela iniciativa de “Uma Faixa, Uma Rota”.
Ding Xiangqun considera que a operacionalidade do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa é boa e vem articular com o posicionamento de Macau definido no 13º Plano Quinquenal, assim o estabelecimento da Sede em Macau é um contributo do Banco de Desenvolvimento da China, cujo objectivo é apoiar o desenvolvimento sustentável da economia local, ajudar Macau a explorar o mercado dos países de língua portuguesa, bem como reforçar o papel de Macau como plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Explicou ainda as quatro directrizes das próximas fases do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Em primeiro lugar reforçar a cooperação com Macau e inovar o mecanismo e o modelo operacional, a fim de apoiar as pequenas e médias empresas a expandirem-se para o exterior. Em segundo, reforçar a cooperação e a articulação entre empresas de Macau e as instituições financeiras para promover o desenvolvimento de negócios. Terceiro, continuar a potenciar as vantagens do passado no Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com o objectivo de promover o interior da China e Macau na exploração conjunta dos mercados dos países lusófonos. Por último, em quarto lugar, servir de comunicação de políticas entre o governo e os mercados, para que seja feito um bom trabalho de promoção de interligação e conectividade das infra-estruturas e fluidez do comércio.
Chui Sai On indicou que a construção da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa é uma das tarefas importantes entregue pelo Governo Central a Macau, realçando que esta tarefa, o funcionamento e eficiência de investimento do Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa despertam o interesse da sociedade. Reiterou que o governo da RAEM espera colaborar com o Banco do Desenvolvimento da China, para tentar com os maiores esforços manter o bom funcionamento, abertura e transparência do Fundo, permitindo assim à RAEM participar e apoiar o desenvolvimento do País, ajudando as empresas locais a irem mais além, em prol do benefício mútuo.
Entretanto, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, presente também no encontro, fez um balanço sobre as experiências na participação do Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, esperando poder dinamizar eficientemente a cooperação, no futuro. Afirmou que o estabelecimento da sede do Fundo em Macau é significante e foi bem acolhido pela sociedade, que beneficia as trocas comerciais e o investimento mútuo entre as empresas locais com as do resto do país e dos países lusófonos. Adiantou que o governo da RAEM vai, através de políticas, incentivar a uma maior participação das grandes, médias e pequenas empresas.
O encontro contou ainda com a presença da chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, o presidente do Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Chi Jianxin e subdirectora do departamento de desenvolvimento do mercado e investimento do Banco de Desenvolvimento da China, Liu Hui.