Representantes da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) em conjunto com os representantes da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), reuniram-se recentemente com os representantes da Associação Comercial de Reciclagem de Materiais Recicláveis de Macau, para trocarem opiniões aprofundadas sobre a questão do comércio e as políticas de protecção ambiental do sector de reciclagem. A Associação referiu que actualmente o sector está a ser afectado por factores objectivos, tais como, falta de espaço, a questão da subida dos custos e das dificuldades comerciais. Os representantes do Governo responderam que reconhecem os esforços envidados e a contribuição do sector de reciclagem para os trabalhos de protecção ambiental de Macau nos últimos anos. Mas também, os mesmos compreendem a existência de pressão no comércio e os seus efeitos no sector devido ao grande desenvolvimento social. O Governo da Região Administrativa Especial de Macau está neste momento empenhado a estudar as formas de criar condições para o desenvolvimento saudável do sector de reciclagem a longo prazo.
Os actuais presidente e vices-presidentes da Associação Comercial de Reciclagem de Materiais Recicláveis de Macau, Chan Man Nin, Ho Man Po e Choi Hong Cheong, respectivamente, em conjunto com os seus membros, visitaram as instalações da DSPA, os quais foram recebidos pelo chefe do Centro de Gestão de Infra-estruturas Ambientais da DSPA, Chan Kuok Hou, e pelo chefe do Departamento de Planeamento Urbanístico da DSSOPT, Lao Iong.
O representante da Associação referiu que, com o desenvolvimento acelerado da sociedade e da economia, sobretudo, o funcionamento de grandes estruturas de divertimento que tem produzido um elevado volume de material reciclável e, em simultâneo, a elevação da consciencialização sobre a protecção ambiental dos residentes de Macau, o volume de material reciclável aumentou de forma significativa. Contudo, a subida da renda e a falta de terrenos, reduziram a margem comercial e o espaço de armazenamento deste material, causando assim pressão nas actividades comerciais. Por este motivo, espera-se que o Governo possa apoiar disponibilizando terrenos, a fim de resolver as questões comerciais e de armazenamento de material. Em simultâneo, espera-se que o Governo possa, mediante a atribuição de apoio financeiro, satisfazer as necessidades relacionadas com a subida da renda e actualização dos equipamentos (hardwares) do sector de reciclagem.
O representante do Governo disse que o Governo reconhece o grande contributo do sector de reciclagem para os trabalhos de redução de resíduos e compreende a pressão sentida pelo sector neste momento, pelo que, a DSPA, em conjunto com a DSSOPT, estão a efectuar estudos para encontrar uma solução adequada, para que o sector de reciclagem de Macau possa ter condições de comércio e um desenvolvimento saudável a longo prazo. Na realidade, Macau está a enfrentar uma questão concreta, que é a falta de terrenos. O sector de reciclagem tem características específicas e a escolha do local, as questões de ambiente, a higiene e a paisagem, são aspectos que merecem uma ponderação, para se evitar consequências e poluição secundária. Por isso, temos dificuldades e estamos limitados na escolha de local adequado para efeitos de reciclagem do sector de reciclagem. Contudo, o Governo da RAEM reconhece a importância do sector de reciclagem para Macau e o trabalho de protecção ambiental, de modo que vai ponderar as necessidades a longo prazo do sector de reciclagem no planeamento urbanístico.
Por outro lado, a fim de promover o uso de produtos e equipamentos com eficiência energética ambiental junto da sociedade, a DSPA criou em 2011, o Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética, para financiar empresas e associações na aquisição de produtos e equipamentos de protecção ambiental, conservação energética e conservação da água. O Fundo tendo recebido mais de 5 mil pedidos desde a sua criação e tem atribuído um montante de 200 milhões de patacas, prestando apoio às associações e empresas, principalmente, às pequenas e médias empresas, na aquisição e substituição de produtos de protecção ambiental. A reciclagem é uma indústria comercial de Macau, e a DSPA felicita que o sector de reciclagem apresente pedidos de financiamento junto do Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética, de acordo com os respectivos procedimentos, caso reúnam as condições, a fim de melhorar a eficiência de protecção ambiental e os equipamentos.
Resumindo, o Governo da RAEM reconhece, categoricamente, a importância do sector de reciclagem para os trabalhos de protecção ambiental e através desta reunião ficaram a conhecer melhor as necessidades de funcionamento deste sector, no futuro, o Governo vai empenhar-se em manter um bom diálogo com o sector, auscultar as suas opiniões e com o aperfeiçoamento contínuo das respectivas políticas, promover em conjunto os objectivos de protecção ambiental, tais como, a reutilização dos resíduos e o aproveitamento diversificado dos resíduos.
Os restantes membros da Associação que visitaram a DSPA incluem: os vices-presidentes, Tang Man Su, Chan Hok Chi, Ma Chan Pan, Choi Se Kat, Kuan Ho Wa e a secretária-geral, Lam Oi Lan.