O Secretário para a Economia e Finanças da RAEM, Francis Tam, promoveu, a 5ª MIF - Feira Internacional de Macau, a realizar no próximo mês de Outubro, e o Centro de Comércio Internacional de Macau, cuja construção ficará concluida antes de finais do ano, junto dos empresários presentes e participantes no Forum de Investimento Internacional em Xiamen.
A primeira MIF depois do estabelecimento da RAEM vai decorrer entre 20 a 24 de Outubro do corrente ano. O Governo da RAEM deseja convidar os empresários de todas as regiões a participarem para um contacto mais próximo e melhor conhecimento sobre o desenvolvimento do território e novas oportunidades de investimento, adiantou o SEF.
Por outro lado, adiantou, o Centro de Comércio Internacional, projecto privado e apoiado pelo governo da RAEM poderá ser inaugurado em finais deste ano. O Centro, com três mil espaços de exposição, pretende contribuir para a entrada no mercado internacional dos produtos das pequenas e médias empresas do continente.
A mesma personalidade sublinhou ainda que o Governo da RAEM está empenhado em melhorar o ambiente de investimento, acreditando que as duas iniciativas vão constituir excelentes oportunidades para os investidores.
O estabelecimento da RAEM trouxe mais estabilidade social, melhoria efectiva da segurança e recuperação gradual da economia do território. O Executivo está empenhado em melhorar o ambiente de investimento para captação de mais capital estrangeiro, a fim de acelerar a recuperação económica. Promover a reconversão e modernização industrial para aumentar a qualidade dos produtos, elevar o nível do sector de jogo e fomentar a modernização do sector financeiro para avançar, passo a passo, com a diversificação da economia e transformar o território numa cidade moderna e internacional, são outros objectivos prioritários, frisou o SEF da RAEM, na sua intervenção no Forum, em Xiamen.
Francis Tam defendeu que Macau, face à tendência de globalização e regionalização da economia, bem como à adesão próxima do pais à Organização Mundial de Comércio, deve promover o mais possível as suas condições privilegiadas e dinamizar o papel de ponte entre o continente e o mundo para estimular a cooperação económica e desenvolvimento conjunto.
Macau pode explorar, em conjunto com o continente, os mercados com os quais mantem relações preferenciais de longa data - UE e paises de língua portuguesa - designadamente como o local de origem dos produtos cooperando com o continente em relação a novas tecnologias para a manufactura de produtos médicos e alimentares. Deste modo, poderão ser aproveitadas as relações especiais de Macau com a UE e Portugal para entrada de produtos nos mercados europeu e dos países de expressão portuguesa, segundo as normas de comércio internacional, explicou aquele responsável.
Por outro lado, Macau pode constituir também uma plataforma para o comércio entre os dois lados do Estreito, adiantou o SEF da RAEM.
Francis Tam disse que Macau vai aproveitar a sua condição privilegiada de porto franco para reforçar a cooperação tecnológica com o continente e relembrou medidas do Executivo para apoio à indústria tecnológica, como bonificação de juros e redução ou isenção fiscais, fazendo votos de continuação do apoio e medidas do governo central para a cooperação bilateral, nesta área.
A cooperação entre Macau e o continente tem fortes pontencialidades. De acordo com as estatísticas, até ao primeiro semestre do corrente ano, os projectos de investimento de Macau no continente cifraram-se no total de 6.570, sendo o investimento total acordado de 9.630 milhões de dólares americanos e o investimento real de 3.760 milhões de dólares americanos. Na RAEM, há mais de 200 empresas do continente, com capital total de mais de 40.000 milhões de patacas. O comércio bilateral aumentou de 740 milhões de patacas em 1980 para 7.430 milhões de patacas em 1999. Em 1999 o número dos turístas provenientes do continente atingiu 1.645.000, lembrou aquela personalidade.