Durante a reunião que manteve hoje (dia 9) com Wu Yi, membro do Conselho de Estado chinês, à qual participaram também o Secretário para a Economia e Finanças e a delegação empresarial de Macau, o Chefe do Executivo, Edmund Ho, manifestou a esperança de a RAEM poder contratar quadros técnicos do continente, num regime diferente daquele que é adoptado em relação aos trabalhadores comuns e sem prejudicar as oportunidades de emprego dos residentes locais. Edmund Ho espera também que o Governo Central possa adoptar uma política mais flexível, em relação aos investidores chineses que se deslocam a Macau em viajem de curta duração.
Edmund Ho agradeceu à conselheira de estado e ao Governo Central o apoio que Macau tem vindo a receber, referindo que a época mais difícil já passou e que está optimista em relação ao futuro, face às previsões que apontam para um melhoramento da situação no próximo ano.
O Chefe do Executivo encara a contratação de trabalhadores chineses não residentes como uma questão cuja solução não deve passar pela mesma plataforma, e sim consentânea com as reais necessidades e tendo em conta os interesses para a economia de Macau, reconhecendo haver por parte do sector empresarial local necessidade de recrutar trabalhadores de elevada qualificação.
Wu Yi perspectivou um maior surto de desenvolvimento na economia de Macau, realçando ser este um assunto de grande importância para o Governo Central que nunca negou o apoio necessário. Considera que Macau saiu praticamente da situação das maiores dificuldades, rumo ao crescimento económico, embora de forma lenta, de que são exemplos os progressos registados no primeiro semestre deste ano no sector do turismo, na actividade do jogo e no campo das exportações, observando que a situação económica de Macau conhecerá uma maior evolução, sob os efeitos do desenvolvimento da economia do continente.
Para Wu Yi, as relações comerciais entre Macau e o continente estão a evoluir de forma positiva, apontando que até Julho do ano em curso, o comércio bilateral atingiu 410 milhões de dólares americanos, valor que representa um acréscimo de 32%. Existem no continente um total de 195.
investimentos de Macau, correspondendo a um investimento real de 160 milhões de dólares americanos.
Wu Yi perspectivou uma maior cooperação entre Macau e o continente no sector do turismo, observando ser a agricultura um sector para a qual o Estado dispensa particular atenção. Frisou que o gradual melhoramento das condições económicas da classe dos agricultores será um factor que os leve a optar Macau como destino turístico.