Publicação do Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2018 pela DSPA
Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental
2019-06-05 15:03
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  • foi publicado o relatório do estado do ambiente de macau 2018

  • comparação dos principais sub-indicadores ambientais entre 2018 e 2017 e evolução da tendência dos últimos 10 anos

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A fim de permitir ao público tomar conhecimento sobre o estado do ambiente de Macau com a maior brevidade possível, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) tem continuado a aperfeiçoar os trabalhos relativos à elaboração do Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2018, sendo este publicado por ocasião do Dia Mundial do Ambiente – que se comemora no dia 5 de Junho. Tal relatório revela o estado da evolução socioeconómica de Macau, ambiente atmosférico, meio hídrico, resíduos sólidos, conservação da natureza, ruído ambiental e investimento e participação na área ambiental, e a sua tendência das variações nos últimos 10 anos.

Em 2018 registou-se em Macau um desenvolvimento económico estável e favorável, a população local aumentou e o número de turistas aumentou significativamente, a intensidade turística tem aumentado constantemente, ficando num nível relativamente alto em comparação com as regiões vizinhas. Ao mesmo tempo, assistiu-se a uma tendência crescente no consumo dos diversos recursos e na quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados a par do aumento do PIB, população e número de turistas, o que revela que Macau está a enfrentar uma pressão ambiental relativamente pesada.

No que diz respeito ao ambiente atmosférico, os registos de todas as estações de monitorização de qualidade do ar em 2018 revelaram que o número total de dias com qualidade do ar de “Bom” e “Moderado” ultrapassou os 92% do número total de dias de monitorização das respectivas estações, sendo semelhante a 2017. Em 2018, o O3 foi o principal poluente atmosférico de Macau e a concentração média anual de SO2 e CO diminuiu em todas as estações, comparando com 2017. No entanto, devido à emissão de gases de escape e à produção de electricidade local, entre outros factores, a concentração média anual de NO2 na Estação da Berma da Estrada (Macau) e na Estação das Áreas de Alta Densidade Habitacional (Macau) foi superior ao valor padrão em 2018. Ao mesmo tempo, as concentrações médias anuais de PM10 e PM2,5 foram inferiores aos valores padrões e corresponderam à tendência global da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar da Região do Delta do Rio das Pérolas (Guangdong - Hong Kong - Macau).

Mediante as análises das emissões estimadas dos diversos poluentes atmosféricos e de gases com efeito de estufa em Macau, as emissões estimadas de Pb, SOx, CO, COVNM, TSP, PM10, PM2,5 e NOx diminuíram em 2017 em comparação com 2016, excepto no que se refere às de NH3. Quanto às emissões de gases com efeitos de estufa (GEE), a percentagem das emissões estimadas de GEE em 2017 aumentou 11,4% comparando com 2016. Tal deve-se, principalmente, ao aumento de 60% da produção de electricidade local.

Em termos de meio hídrico, a qualidade da água potável de Macau em 2018 manteve-se no índice verde de baixo teor de salinidade. A taxa de resultados positivos das análises de coliformes totais nas amostras das redes de abastecimento de água satisfez as disposições do respectivo decreto-lei. Devido à subida do consumo de água comercial, o volume de água facturada em 2018 teve um aumento ligeiro face a 2017. Em 2018, o volume do consumo de água por cada 10 mil patacas de PIB diminuiu em comparação com 2017, enquanto o volume de água consumida per capita no sector doméstico foi semelhante ao de 2017. Quanto à qualidade das águas costeiras, a qualidade das águas costeiras de 2018 melhorou, em termos globais, face a 2017. Todavia, vale a pena prestar a atenção para o facto de o índice de avaliação da exposição não metálica continuar a ultrapassar o valor-padrão. Em simultâneo, os índices de eutrofização detectados nos vários pontos de monitorização aumentaram, em diferentes graus, comparando com 2017, sendo o mais alto o índice de eutrofização do Porto Interior.

No tocante à gestão de resíduos sólidos, em 2018, houve um ligeiro acréscimo da quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados em Macau e mantendo-se num nível semelhante na quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados per capita, comparativamente a 2017. Em paralelo, o tipo e a rede de recolha de resíduos sólidos têm aumentado e alargado constantemente, sendo de 22,1% a taxa de recolha de resíduos recicláveis calculada de acordo com os dados estatísticos sobre a importação e exportação em 2018, mantendo-se um nível igual em comparação com 2017.

No que concerne à conservação da natureza, comparando os valores de 2017 com os de 2018, a área dos espaços verdes sob jurisdição do IAM é semelhante, a área dos espaços verdes per capita desceu ligeiramente, não houve qualquer evolução no número de espécies arbóreas nos passeios e o número das árvores nos passeios aumentou; no entanto, o número de árvores nos passeios ainda não igualou o número anterior à passagem de tufão em 2017.

Na área do ruído ambiental, em comparação com 2017, os níveis de ruído registados em 2018 nas Estações da Avenida de Horta e Costa e da Rua Cidade de Braga foram semelhantes, mas os níveis de ruído registados nas Estações de Seac Pai Van, da Rua Correia da Silva e das Zonas Ecológicas tiveram uma subida. Além disso, não foi efectuada a comparação da Estação da Areia Preta porque o período de funcionamento em 2017 desta estação não chegou a 1 ano. Ao mesmo tempo, os casos de reclamações do ruído mostraram que as fontes de ruído da vida social são as que produzem mais perturbações no descanso dos residentes.

No domínio do investimento e participação na área ambiental em 2018, o Governo da RAEM investiu constantemente nas despesas públicas com a protecção ambiental e intensificou as cooperações ambientais com diversas regiões. O número de hotéis galardoados com o “Prémio Hotel Verde Macau” e o número total de instituições de Macau que obtiveram a certificação ambiental têm aumentado. Foi registada, em 2018, uma diminuição do número de entidades co-organizadoras das acções de sensibilização e divulgação ambiental e do número total de actividades, em relação a 2017, mas houve um acréscimo no número total de participantes e nas despesas realizadas, comparando com 2017.

As versões chinesa e portuguesa do Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2018 são publicadas em forma electrónica, e sendo a versão inglesa também publicada num futuro próximo. São todos bem-vindos a navegarem a página electrónica da DSPA (http://www.dspa.gov.mo/richtext_report2018.aspx) ou digitalizarem o código QR sobre o conteúdo pormenorizado do referido relatório.


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