No dia 8 de Outubro, os Governos das Regiões Administrativas Especiais de Macau (RAEM) e de Hong Kong (RAEHK) realizaram em conjunto um exercício de transporte transfronteiriço de paciente em ambulância entre Hong Kong e Macau. O exercício decorreu de forma suave e sem sobressaltos. Com a realização do presente exercício, as duas autoridades pretendem rever todo o procedimento e lançar o plano experimental durante o ano em curso.
O referido exercício visou testar o percurso do transporte transfronteiriço de paciente em ambulância de Macau para Hong Kong, nomeadamente os procedimentos relativos à transferência de paciente e as formalidades referentes à migração.
O exercício teve início pelas 12h do dia 8 de Outubro e simulou a viagem de ida e regresso de uma ambulância do Corpo de Bombeiros de Macau proveniente do Centro Hospitalar Conde de São Januário de Macau, com destino ao Hospital Princess Margaret de Hong Kong, através do Posto Fronteiriço de Hong Kong da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. No sentido de garantir o bom funcionamento do simulacro, o Centro Hospitalar Conde de São Januário dos Serviços de Saúde de Macau e o Centro de Controlo de Incidentes Graves da Autoridade Hospitalar de Hong Kong monitorizaram todo o exercício através da transmissão em tempo real online. A par disso, os Serviços de Polícia Unitários de Macau, juntamente com os serviços participantes observaram, em tempo real online, o exercício no Centro de Operações de Protecção Civil, no Pac On, Taipa. Após o exercício, os representantes dos governos das duas regiões procederam à revisão de todo o processo. Numa primeira fase, será implementado o plano de transporte transfronteiriço em ambulância de Macau para Hong Kong e, depois de reunidas as experiências e avaliadas as situações reais, implementar-se-á o plano em sentido inverso.
Com o acelerado desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, tornou-se mais intensa a movimentação dos residentes das três regiões, justificando-se a necessidade de um serviço de transporte transfronteiriço de ambulância. A fim de elevar a qualidade e a eficiência do serviço médico transfronteiriço, os serviços competentes de Guangdong, Hong Kong e Macau iniciaram a discussão sobre a implementação do plano de transporte transfronteiriço directo em ambulância, cujos trabalhos estão a ser desenvolvidos de forma ordenada.
Por fim, importa ressalvar que a activação do mecanismo de transporte transfronteiriço em ambulância deverá ter como pressuposto o acordo prévio entre o hospital de envio e o hospital de recepção, sendo necessário ter em consideração primordial as necessidades médicas, a segurança e os interesses do paciente, devendo ao mesmo tempo prevenir a ocorrência de situações de abuso.