O modus operandi das burlas telefónicas varia cada vez mais. Nos últimos meses, houve casos em que os burlões alegaram ser do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, telefonaram para as vítimas e na conversa conseguiram identificar correctamente a pessoa com quem estava a falar, através do nome e o número do bilhete de identidade, dissem-lhes que estavam envolvidas num crime muito grave, no seguimento transferiram a telefonema para os serviços de segurança pública fictícios, depois pediram-lhes para colaborar na investigação mediante “investigação por videochamada”, “interacção em várias telas” no telemóvel, verificação de capitais ou até “execução da tarefas especiais” com a promessa de a “livrar do crime” etc.
Após uma extensa divulgação sobre prevenção de burla, a PJ recebeu, até hoje, mais de 160 casos de burlas que simulam chamadas telefónicas do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, infelizmente, registaram-se também pelo menos 7 casos em que as vítimas caiam na armadilha e tiveram um prejuízo total superior a 1,2 milhões de patacas.
O Centro de Coordenação de Combate às Burlas da PJ continua a alargar a publicidade sobre prevenção da burla e apela novamente ao público para estar sempre atento e desconfiar das chamadas telefónicas que alegam ser de serviços públicos ou autoridades, se houver um pedido para fornecer dados de contas bancárias deve-se recusar e desligar imediatamente. Se estiver perante uma situação de burla telefónica, deve reportar ou pedir ajuda à PJ através da linha aberta para a prevenção de burlas, nº 8800 7777 ou da linha aberta 993.