A Chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis do CDC dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou referiu, quinta-feira, 8 de Setembro, na conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que não foi registado qualquer novo caso positivo, no dia 8 de Setembro em Macau.
Desde 2020 e até 8 de Setembro de 2022, foram registados os seguintes casos:
Novas infecções assintomáticas importadas (8 de Setembro): 1
Novos casos mortais (8 de Setembro): 0
N.º total de pessoas com sintomas: 793
N.º total de pessoas assintomáticas: 1.551
Total de casos em Macau: 2.344
Alta hospitalar (pessoas com sintomas) (8 de Setembro): 0
Alta hospitalar (pessoas assintomáticas) (8 de Setembro): 3
Total alta hospitalar (pessoas com sintomas): 787
Total alta hospitalar (pessoas assintomáticas): 1.487
Total de casos mortais: 6
Vacinação: Até às 16h00 de 8 de Setembro, foram administradas 1.501.249 doses da vacina. Existem 624.408 pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina, das quais há 26.074 com a primeira dose da vacina, 288.564 pessoas, 296.550 pessoas e 13.220 pessoas completaram as duas, três e quatro doses da vacina, respectivamente.
Eventos Adversos: Nas últimas 24 horas, não foi registado nenhum evento de adverso. Desde o início da vacinação até à data, houve 5.360 notificações de eventos adversos, incluindo 5.346 ligeiros e catorze (14) graves.
Testes de ácido nucleico: No dia 8 de Setembro de 2022 foram testadas em Macau 37.299 pessoas;
Quanto à observação médica, durante os sete dias sucessivas entre 1 a 7 de Setembro, o número de pessoas submetidas a observação médica aumentou em 1.204 pessoas, incluindo 626 residentes de Macau e 578 não residentes de Macau. Desde o início da pandemia até a 7 de Setembro, efectuaram a observação médica 75.884 pessoas. Actualmente, 1.243 pessoas estão sujeitas à observação médica, dos quais, 1.186 em hotéis designados e 54 em instalações dos Serviços de Saúde.
Relativamente à questão colocada pela comunicação social sobre a aquisição de vacinas para as crianças, a mesma responsável afirmou que, actualmente, em Macau, já existem vacinas mRNA disponíveis para as crianças com idades compreendidas entre os cinco e os onze anos, sendo que as autoridades estão a adquirir vacinas mRNA para as crianças com idade compreendida entre os seis meses e os cinco anos. Está a negociar com os fornecedores os pormenores de aquisição, cujo processo está a correr bem, esperando-se que possa ser introduzido, o mais rápido possível.
A médica apelou ainda aos residentes que, durante a normalização antiepidémica, para além de realizarem bem os trabalhos de protecção regular, devem vacinar-se o mais rápido possível, caso não tenham sido administrados vacinas ou não vacinados de dose de reforço.
Também salientou que as vacinas desempenham um papel importante na prevenção de casos graves e de morte, tendo sido confirmada em todas as regiões vizinhas. Por exemplo, de acordo com os dados das regiões vizinhas, as pessoas que receberam a 2ª dose ou mais das vacinas, o número de casos graves e mortes após a infecção pela COVID-19 é quase dezenas vezes diferente do número de pessoas não vacinadas, o que relevou que os efeitos das vacinas são óbvios.
Em relação ao reconhecimento mútuo dos registos de vacinação de Macau e do Interior da China, a chefe referiu que actualmente, todas as vacinas contra COVID-19 reconhecida pelas autoridades de saúde a nível mundial são reconhecidas pela RAEM.
Os residentes vacinados fora de Macau (tal como no Interior da China) podem deslocar-se pessoalmente aos diversos postos de vacinação em Macau, apresentando um registo fiável de vacinação no exterior. Após o registo efectuado no sistema dos Serviços de Saúde, os registos de vacinação podem ser exibidos no Código de Saúde de Macau e na Conta Única.
O Governo da RAEM está a investigar os detalhes técnicos do mecanismo de reconhecimento mútuo das vacinas, que tem mantido estreita comunicação com as respectivas partes do Interior da China, e as informações actualizadas serão divulgadas oportunamente ao público.
Sobre as despesas financeiras da “epidemia de 18 de Junho”, a chefe indicou que, em resposta à epidemia referida, o Governo da RAEM adoptou uma série de medidas em combate à epidemia, incluindo 14 rondas de teste massivo, com 50 kitss de teste rápido de antigénio e 60 máscaras KN95 distribuídos a cada residente. Os materiais foram adquiridos em lotes separados. Cada kit de teste rápido de antigénio custava, em média, cerca de 5 patacas, e cada máscara KN95 custava entre 1 e 1,5 patacas. De acordo com os dados preliminares, 14 rondas de teste massivo com distribuição de kit e máscaras KN95, as despesas com a luta contra a epidemia totalizaram 600 milhões de patacas.
Quanto ao primeiro caso importado da varíola dos macacos, a Dr.ª Leong Iek Hou referiu que, a varíola dos macacos é transmitida aos seres humanos através do contacto próximo com pessoas ou animais infectados ou materiais contaminados com o vírus, como gotículas respiratórias e actos sexuais, etc..
Os casos mais recentes da varíola dos macacos em todo o mundo, têm sido associados aos actos homossexuais masculinos.
O período de incubação da varíola dos macacos é normalmente de 6 a 13 dias, mas pode ser de 5 a 21 dias. Os sintomas clínicos da varíola dos macacos podem ser ligeiros ou graves e incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios linfáticos inchados, arrepios e fadiga. A maioria dos doentes desenvolve erupção cutânea semelhante à varicela e recupera espontaneamente, entre 14 a 21 dias. A taxa de mortalidade nos países africanos é de cerca de 3 a 6%, com taxas mais elevadas em crianças, adolescentes e indivíduos imunocomprometidos. As pessoas vacinadas contra a varíola, são imunes à varíola dos macacos.
Ela apontou que, a prevenção da doença é mais importante, e que os cidadãos devem evitar o contacto com as pessoas ou animais com sintomas de varíola dos macacos, especialmente os animais provenientes da África, devendo prestar atenção ao acto sexual seguro e evitar acto sexual de alto risco, como a prática de acto sexual sem controlo e acto sexual com múltiplos parceiros.
Qualquer pessoa com suspeita de sintomas de varíola dos macacos deve procurar cuidados médicos imediatos e evitar actividade sexual ou contacto próximo com outras pessoas
A equipa médica deve identificar os casos o mais cedo possível, e é mais importante isolar e tratar os casos o mais rápido possível.
Com vista a prevenir a epidemia da varíola dos macacos, os Serviços de Saúde realizaram em Junho uma sessão de esclarecimento destinada ao pessoal médico e de enfermagem da linha de frente sobre a “Prevenção, diagnóstico e tratamento da varíola dos macacos”, a fim de elevar os seus conhecimentos sobre esta doença. Ao mesmo tempo, a varíola dos macacos foi classificada como doença transmissível legal, tendo sido integrada na lista de doenças do grupo II, anexa à Lei n.º 2/2004 (Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis). Simultaneamente, os Serviços de Saúde encontram-se a contactar activamente o fabricante da vacina para acompanhar o trabalho de aquisição da vacina contra a varíola dos macacos.
A chefe de divisão também salientou que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a vacina contra a varíola dos macacos não precisa ser amplamente vacinada para os cidadãos, mas é recomendada a vacinação para grupos de alto risco ou pós-exposição, como os profissionais de saúde e aqueles que têm contacto próximo com os casos da varíola dos macacos.
Finalmente, em resposta às repetidas epidemias nas áreas circundantes, e perante a possibilidade de aumento da circulação dos residentes durante o feriado da Festa do Chong Chao (Bolo Lunar), a médica aconselhou que os residentes devem estar mais vigilantes, além das medidas regulares de prevenção de epidemia, caso pretendam viajar para o exterior, devem prestar atenção se há uma epidemia na área relacionada; mesmo se for a um lugar onde não há epidemia, também devem tomar precauções pessoais.
O Dr. Cheong Chi Hin, Chefe do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude indicou que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude tem vindo a realizar continuamente a avaliação sobre as medidas de prevenção da epidemia para concursos escolares, de acordo com a evolução da epidemia. Após consulta do sector da educação e comunicação com os Serviços de saúde, tendo em conta o equilíbrio entre a actual situação de prevenção da epidemia e as necessidades das actividades dos alunos, as medidas de prevenção da epidemia adoptadas nas competições escolares do corrente ano são as seguintes: Todos os participantes deverão ser submetidos a teste de ácido nucleico até 48 horas antes do primeiro jogo e os custos correspondentes serão pagos pelo Governo da RAEM; os participantes que decorreram 14 dias após a conclusão da administração do esquema vacinal completo da série de vacinação inicial das vacinas contra a COVID-19 apresentarão o certificado do antigénio rápido com resultado negativo do dia em cada jogo subsequente após o primeiro jogo, os kits de teste serão fornecidos pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude à escola; Os participantes que não completaram os 14 dias após a conclusão da administração do esquema vacinal completo da série de vacinação inicial das vacinas contra a COVID-19, o custo do teste de ácido nucleico para o primeiro jogo será pago pelo Governo; no entanto, os testes de ácido nucleico realizados dentro de 48 horas antes de cada jogo subsequente devem ser pagos pelas próprias contas dos participantes relacionados. Caso o participante não tenha completado os 14 dias após a conclusão da administração do esquema vacinal completo da série de vacinação inicial das vacinas contra a COVID-19 durante o período de inscrição, deverá apresentar à escola um certificado de avaliação do médico não adequado para vacinação contra a COVID-19 emitido pelos Serviços de Saúde ou uma declaração de seus pais. O mesmo chefe disse que as medidas acima mencionadas serão avaliadas e investigadas de acordo com a situação real da evolução da epidemia. Com vista a proteger a saúde de cada um dos participantes em concursos académicos, o Dr. Cheong Chi Hin apelou especialmente aos que pretendem participar em concursos académicos e ainda não concluíram a administração do esquema vacinal completo da série de vacinação inicial das vacinas contra a COVID-19, ou seja, aqueles que não sejam submetidos a duas doses da vacina contra a COVID-19 devem ser vacinados o mais rápido possível. O mesmo chefe acrescentou ainda que mais de 85% dos alunos que participam no concurso académico no ano lectivo 2021/2022 foram submetidos a 2 doses da vacina contra a COVID-19.
Na conferência de imprensa, a Chefe da Divisão, Dr.ª Lam Tong Hou relatou a situação de hotéis de observação médica. O Chefe da Divisão, Dr.º Ma Chio Hong, apresentou os números de entrada e saída de Macau. Eles também responderam às perguntas da comunicação social.
Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Chefe do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Dr. Cheong Chi Hin, a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou. o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, Dr. Ma Chio Hong e a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou.