Empresas Estatais: Macau desempenha papel-chave na expansão para os mercados dos Países de Língua Portuguesa
Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças
2017-05-31 22:21
  • Representantes de várias empresas defenderam que a Cimeira é uma plataforma importante para o reforço da comunicação entre as empresas do Interior da China, dos Países de Língua Portuguesa e de Macau.

  • Macau desempenha um papel importante como plataforma de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, segundo os participantes na Cimeira.

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A "Cimeira sobre a construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa de Macau, apoiada pelas Empresas Estatais Chinesas” atraiu várias empresas estatais centrais chinesas, incluindo empresas do sector financeiro, bem como empresas privadas do Interior da China, empresas e câmaras de comércio de Macau e empresas dos Países de Língua Portuguesa. Os representantes da algumas das empresas do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa que participaram no evento salientaram a relevância da Cimeira, destacando o papel de Macau como Plataforma de Serviços Comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Os participantes realçaram ainda que Macau pode ajudar a ultrapassar as eventuais barreiras relacionadas com a língua, legislação e cultura, contribuindo para o reforço da cooperação entre as empresas estatais centrais e as empresas dos Países de Língua Portuguesa.

Zhang Zongyan, Presidente da China Railway Group Ltd., disse esperar que esta Cimeira seja útil para aprofundar a cooperação com os Países de Língua Portuguesa. Desde 2008 que a empresa desenvolve projectos em Angola, tendo também investido em projectos noutros Países de Língua Portuguesa, com o actual valor do investimento a superar 10 mil milhões de reminbi. O Sr. Zhang frisou que Macau desempenha um papel muito importante enquanto plataforma de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Actualmente, as empresas do Interior da China ainda encontram algumas barreiras em termos de língua, legislação e cultura no processo de “expansão para o exterior”, mas estas barreiras podem ser ultrapassadas através do papel desempenhado por Macau.

Song Zhiping, Presidente da China National Building Materials Group Corporation, diz que a empresa é actualmente uma grande fornecedora de materiais de construção, tendo, inclusivamente, adquirido a Fábrica de Cimento de Macau há alguns anos. O grupo também vende materiais de construção para os mercados de Macau e dos Países de Língua Portuguesa. O responsável disse que, embora Macau tenha nas suas raízes a cultura chinesa, o território serve de ponte para os países e regiões no Ocidente. Nesse sentido, as empresas devem aproveitar ao máximo o papel de plataforma desempenhado por Macau, construindo uma ponte para o mercado internacional e para expandir os seus negócios. A participação nesta Cimeira tem como objectivo expandir a cooperação com as empresas do sector financeiro e procurar oportunidades de negócio no mercado internacional através de Macau, com base no sistema financeiro do território.

Wang Jianping, Secretário do Comité do PCC e Presidente da China Energy Engineering Group Co., Ltd., afirmou que a participação na Cimeira permitirá adquirir mais conhecimentos sobre os Países de Língua Portuguesa, fazendo uso de Macau enquanto plataforma de cooperação. A empresa procura mais oportunidades de negócio nos mercados dos Países de Língua Portuguesa e espera, através deste evento, lançar as bases para uma maior cooperação no sector das infra-estruturas, impulsionando as trocas bilaterais e criando benefícios mútuos para todas as partes envolvidas. A empresa é um grupo de escala nacional no sector da energia, especialmente na construção de centrais energéticas. Tendo em conta as necessidades energéticas dos Países de Língua Portuguesa, o responsável diz que a empresa pode expandir as suas operações, partilhando a sua experiência com estes países.

Meng Fengchao, Secretário do Comité do PCC e Presidente da China Railway Construction Co., Ltd., referiu que a empresa está presente no mercado de Macau há mais de 30 anos, desde 1981. O primeiro túnel rodoviário de Macau foi construído pela empresa, salientou o responsável. Esta Cimeira representou uma excelente oportunidade para as empresas estatais centrais conhecerem melhor a realidade dos Países de Língua Portuguesa, com o objectivo de estabelecerem novas parcerias. Nos últimos anos, a China Railway Construction tem trabalhado sob as orientações da política “expandir para o exterior”, tendo desenvolvido projectos de construção – no valor global de US$6 mil milhões – em Angola, Moçambique, Brasil e Cabo Verde. A Cimeira desempenhou um papel fundamental para a empresa poder dar mais passos no âmbito da política “expandir para o exterior”.

Yang Ya, Director de Contabilidade da China Three Gorges Project Development Co., Ltd., referiu que o grupo investiu numa empresa do sector energético de Portugal há cerca de cinco anos, tornando-se também num dos acionistas da Companhia de Electricidade de Macau. O responsável disse acreditar que as empresas chinesas podem tirar partido do papel de Macau para expandir os seus negócios para a União Europeia, América do Sul e África através da cooperação com os Países de Língua Portuguesa. Macau, acrescentou, é uma cidade internacional e tem um sistema jurídico maduro. Alguns dos sectores de Macau, nomeadamente o jurídico e o financeiro, poderão beneficiar de uma cooperação mais estreita com as empresas chinesas no âmbito da política “expandir para o exterior”.

João Gamito Faria, Assessor na Caixa Geral de Depósitos, S.A., diz que o grupo tem presença em Macau através do Banco Nacional Ultramarino, S.A. (BNU). Macau tem uma posição estratégica essencial, com esta Cimeira a criar novas expectativas para o grupo. O responsável disse que o evento poderá ajudar as instituições financeiras dos Países de Língua Portuguesa a expandir os seus negócios. A Caixa Geral de Depósitos, que está presente em todos os Países de Língua Portuguesa, presta serviços a empresas de Macau, dos Países de Língua Portuguesa e às empresas estatais centrais.

Pedro Turras, Director-Geral no Millennium bcp, diz que o grupo bancário possui sucursais e escritórios em diferentes Países de Língua Portuguesa. O responsável salientou que o volume dos negócios entre as empresas do Interior da China e dos países africanos continua a aumentar. O Millennium bcp está representado por agências em Angola, Moçambique e Macau, possuindo vantagens próprias nos serviços que oferece. Pedro Turras realçou ainda que o papel que Macau desempenha enquanto plataforma de cooperação é muito importante, estabelecendo uma ponte entre os Países de Língua Portuguesa e as empresas chinesas e oferecendo serviços essenciais.


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