Os Serviços de Saúde e o Corpo de Segurança da PSP, no âmbito das medidas de prevenção implementadas para impedir a propagação do vírus Ébola, estão a colaborar, de forma activa na vigilância sanitária dos cidadãos que chegam todos os dias a Macau.
De acordo com a vigilância que está a decorrer nas areas de fronteira foram registadas nas últimas 24 horas - entre as 17:00 horas de quarta-feira (3 de Setembro) e as 17:00 horas de quinta-feira (4 de Setembro) – a entrada no território da RAEM de cinco (5) indivíduos provenientes da Guiné Conacri, da Libéria, de Serra Leoa, da Nigéria e da República Democrática do Congo.
Depois da avaliação de saúde efectuada a estes indivíduos, verificou-se que quatro (4) indivíduos não apresentavam sintomas relacionados com contaminação com o vírus Ébola e pelo facto de estarem há mais de 21 dias (período máximo de incubação do vírus Ébola) fora do seu país não necessitaram de ser submetidos à vigilância sanitária.
No entanto, um (1) homem da República Democrática do Congo que esteve numa região infectada no periodo de incubação do vírus Ébola (21 dias) e apesar de não apresentar nenhum sintoma relativo à doença por vírus Ébola na sua entrada em Macau, os Serviços de Saúde procederão diariamente à viligância sanitária por via telefónica.
Os Serviços de Saúde reiteram que atendendo à gravidade da epidemia de vírus Ébola que está a ocorrer em algumas regiões da África Ocidental, os Serviços de Saúde têm prestado atenção ao seu desenvolvimento. Em conformidade com as orientações da Organização Mundial de Saúde, os Serviços de Saúde já estabeleceram o necessário plano de contingência, adaptável conforme o desenvolvimento epidemiológico, a fim de reduzir o mais possível os riscos de ocorrência do surto em Macau. Aliás a RAEM possui capacidade para lidar com os casos suspeitos do vírus Ébola que possam surgir, e os S.S. divulgarão mensagens de prevenção e protecção de forma oportuna aos cidadãos e todos os sectores sociais.
Os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos cidadãos que, antes de deslocarem à Guiné Conacri, à Libéria, à Serra Leoa, ao Lagos da Nigéria e à República Democrática do Congo, devem proceder à avaliação cuidadosa das reais necessidade, cancelando ou adiando as viagens desnecessárias. Em caso de permanecerem nas regiões afectadas, devem prestar atenção à higiene individual e ambiental, lavar com frequência as mãos seguindo os procedimentos correctos, evitando ao máximo ter contacto com animais vivos e mortos, não comer carne de origem de animais selvagens, consumir as frutas e vegetais descascados e limpos. Caso não seja estritamente necessário devem abster-se de entrar em hospitais ou efectuar visitas a famílias que possam ser consideradas de risco. Ao mesmo tempo, evite contactar com o doente suspeito e o seu sangue ou fluidos corporais, assim como com os produtos que pode ter contacto com o sangue ou fluidos corporais do doente suspeito; caso contacte inadvertidamente com o sangue ou fluidos de pessoas doentes, lave de imediato as mãos e contacte com um médico.