De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2014, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 3,13% meses, representando um acréscimo de 31,% e 14,2% em relação ao trimestre anterior (2,39 meses) e ao período homólogo do ano passado (2,74 meses), respectivamente.
A carteira de encomendas detidas pelo sector de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos”, “Produtos Têxteis” e “Outros Sectores” foi de 7,92, 3,04, 1,78, 0,49 e 2,24 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China, a região do Sudeste Asiático, Hong Kong e Japão são os mercados de melhor comportamento, apresentando índices na ordem dos 24,0, 21,2, 8,7 e 8,5, respectivamente. Por outro lado, o comportamento da América Latina foi o pior na sequência da fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 23,3%, mais de 8,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior (14,5%) e menos de 16,6 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (39,9%). Destas empresas inquiridas, 1,2% previam um forte aumento e 22,1% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 14,6%, correspondendo a uma descida de 4,8 e 17 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (19,4%) e ao mesmo período do ano passado (31,6%). Entre estas, 11,8% apontaram para um ligeiro decréscimo e 2,8% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante decresceram de 66,1% no trimestre anterior, para 62,1% neste trimestre. Estes dados traduzem uma atitude optimista das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores diminuiu 2,7% e 5,7% comparativamente ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano passado. Por outro lado, 61,8% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, nível inferior a 67% e 63,9% verificados, respectivamente, no trimestre anterior e no mesmo período do ano passado. Tudo isso implica uma insuficiência de trabalhadores na indústria transformadora, destacando-se o sector de “Produtos Farmacêuticos” em que 86,0% das empresas inquiridas com problema de insuficiência de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 25,4% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 12,0% apontaram para “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 8,2% para “Insuficiente Volume de Encomendas”, 2,3% para “Salários Elevados” e 1,8% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”.
Além disso, durante o exercício das actividades exportadoras no 1.º trimestre de 2014, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Insuficiência de Trabalhadores” foram de 61,4% e 52,5%, respectivamente, e as que enfrentaram “Salários Elevados”, “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram de 39,0%, 36,9% e 25,8%.
Para os próximos três meses, 50,5% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Insuficiência de Trabalhadores”, seguindo-se de “Salários Elevados” (38,7%), “Preços Elevados das Matérias-Primas” (37,1%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (35,0%).