A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao primeiro trimestre de 2014, efectuado junto dos estabelecimentos das “indústrias transformadoras”, dos “hotéis, restaurantes e similares”, das “actividades financeiras”, da “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, bem como das “creches” e dos “serviços de idosos”, contudo os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não empregados directamente pelas companhias de seguros estão excluídos.
No fim do primeiro trimestre de 2014, laboravam nos “hotéis, restaurantes e similares” 67.430 trabalhadores a tempo completo, isto é, mais 4,3% em relação ao trimestre homólogo de 2013. Destaca-se que os restaurantes e similares empregavam 22.782 trabalhadores a tempo completo, ou seja, mais 14,1%. Em Março deste ano a remuneração média (excluindo os prémios e as participações nos lucros) dos trabalhadores a tempo completo nos hotéis correspondia a 15.160 Patacas, tendo subido 9,7%, em termos anuais, enquanto que a dos trabalhadores a tempo completo nos restaurantes e similares se cifrou em 8.510 Patacas, aumentou 5,2%.
As “indústrias transformadoras” empregavam 9.412 pessoas a tempo completo, diminuíram 8,0%, em relação ao primeiro trimestre de 2013. No mês de Março deste ano a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo foi de 8.960 Patacas, o que traduziu uma subida de 13,6%, em termos anuais. Laboravam na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.082 trabalhadores a tempo completo. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Março de 2014 foi de 25.940 Patacas, equivalentes a uma subida de 5,7%, em comparação com o idêntico mês do ano passado.
Nas “actividades financeiras” laboravam 6.333 trabalhadores a tempo completo, ou seja, subiram 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Destes indivíduos, 5.489 trabalhavam nos “bancos”, subiram 2,3%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo dos “bancos” cifrou-se em 22.560 Patacas, isto é, aumentou 5,8%, em termos anuais.
Ao serviço das “creches” e dos “serviços de idosos” estavam 900 e 618 pessoas a tempo completo, respectivamente, que cresceram 12,1% e 4,6%, respectivamente, face ao idêntico trimestre do ano transacto. Em Março do ano de 2014 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo destes ramos de actividade económica atingiram as 10.880 Patacas e 10.680 Patacas, respectivamente, ou seja, aumentaram 5,8% e 7,9%, respectivamente, face ao mês homólogo do ano anterior.
No fim do primeiro trimestre de 2014 haviam 2.976 vagas nos “hotéis” e 3.016 nos “restaurantes”, mais 890 e 909 vagas, em termos anuais, respectivamente. Realça-se que existiam 1.135 postos vagos nas “indústrias transformadoras”, diminuíram 125.
Em relação ao requisitos linguísticos de recrutamento, 82,6% das vagas nas “actividades de intermediação financeira” requeriam o domínio do mandarim, enquanto 95,5% dos postos vagos nos “seguros” requeriam o inglês. Nos “hotéis” o mandarim e o inglês era exigido em 82,6% e 58,5% das vagas, respectivamente.
No trimestre de referência a taxa de vagas dos “restaurantes e similares” atingiu 11,7%, ou seja, subiu 2,2 pontos percentuais, simultaneamente, a taxa de rotatividade de trabalhadores (7,5%) também aumentou 0,6 pontos percentuais, face ao mesmo trimestre do ano transacto. A taxa de vagas nas “indústrias transformadoras” desceu, ligeiramente, 0,2 pontos percentuais, em termos anuais, mas o seu nível manteve-se elevado, 10,8%, enquanto que a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,3%) subiu 0,3 pontos percentuais. Isto indica que a maioria das vagas não foram preenchidas e que o fluxo de recursos humanos não melhorou, significativamente, nestes ramos de actividade económica.
Quanto à formação profissional, nos ramos de actividades económicos inquiridos, havia 21.365 pessoas que participaram em cursos de formação profissional fornecidos pelos estabelecimentos no primeiro trimestre de 2014 (nomeadamente em cursos organizados pelos estabelecimentos, ou, realizados em conjunto com outras instituições, ou, subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que os "serviços de idosos" (82,4%) e os "bancos" (64,3%) forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. Salienta-se que 64,0% dos encargos dos cursos destinados aos empregados das “creches” e dos “serviços de idosos”, bem como mais de 90,0% dos encargos dos cursos dos outros ramos de actividade económica foram pagos pelos estabelecimentos. Em relação ao tipo de cursos, os relacionados com os serviços, bem como os de comércio e gestão foram os mais frequentados, atingindo 69,2%. Os cursos de formação profissional dos “hotéis” foram assistidos por 15.024 formandos, 98,8% deles frequentaram-nos durante as horas de expediente. De seguida surgiam os cursos de formação profissional dos “bancos” em que 75,1% dos 3.875 formandos participaram nos cursos durante o seu tempo livre.