O Chefe do Executivo, Edmund Ho, recebeu esta tarde em audiência uma delegação do parlamento europeu para as relações com a RPC, à qual fez um ponto da situação geral da RAEM desde a transferência de poderes.

Ao referir a economia de Macau, Edmund Ho admitiu algumas dificuldades uma cidade com menos de 500 mil habitantes e insuficientes recursos naturais, que pode, todavia, aproveitar os seus privilégios, tais como mão-de-obra relativamente mais barrata e quadros jovens qualificados, para responder às necessidades do desenvolvimento das regiões vizinhas, no contexto da complementaridade.

Relativamente às eventuais influências da adesão de China à Organização Mundial de Comércio, Edmund Ho relembrou o facto de Macau ser membro fundador da organização e, apesar de não estar certo quanto aos benefícios, defendeu que alguns empresários poderão talvez disfrutar de novas oportunidades.

No que diz respeito ao sector do Jogo, a mesma personalidade lembrou que ele representa uma elevada percentagem na economia do território, estando em curso um estudo sobre a matéria, a cargo de uma consultora da especialidade, ao mesmo tempo que o Governo prepara novas políticas para aproveitar as receitas do Jogo na promoção de novas tecnologias de informação e o desenvolvimento de outras áreas, para uma maior diversificação e crescimento mais saudável da economia local, adiantou.

Entretanto, ao abordar questões da área da Justiça, Edmund Ho referiu esforços do governo para a utilização generalizada da língua chinesa e elaboração das leis em chinês tendo em conta o princípio da garantia do sistema judiciário do território.

O processo de modernização de leis em curso na Assembleia Legislativa, incluindo a revisão ou suspensão já processadas de algumas disposições, tidas como desajustadas e ineficazes, de três grandes códigos promulgados ainda no ano passado, foi bem acolhida pelos cidadãos, sublinhou o Chefe do Executivo.

A delegação de 17 elementos do parlamento europeu, chefiada por Per Gahrton, além da visita a Pequim e a Hong Kong, deslocou-se hoje a Macau para se inteirar da situação do território, após a transferência de poderes para a China em Dezembro do ano passado.