Com a aproximação das férias da Páscoa, prevê-se um aumento de residentes de Macau, em viagem no exterior, pelo que os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos residentes que pretendem deslocar-se às zonas epidémicas para reforçarem a prevenção, a saber: os indivíduos que ainda não possuem imunidade contra o sarampo, devem concluir a vacinação com a antecedência mínima de duas semanas, as crianças que ainda não completaram as duas doses da vacina contra o sarampo, e as grávidas sem imunidade, devem evitar a viagem no exterior, a fim de reduzir o risco de infecção.
Os Serviços de Saúde sublinham que o sarampo é altamente contagioso e que as crianças não vacinadas correm um alto risco de infecção. Uma vez infectada, pode provocar complicações como otite média, encefalite e pneumonia, e em casos graves pode causar deficiência auditiva, deficiência intelectual e até mesmo a morte. No corrente ano, o número de casos de sarampo a nível mundial apresenta uma tendência de aumento em diferentes níveis. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, registou-se recentemente o 2.º caso de morte por sarampo infantil, uma criança que não foi vacinada contra o sarampo. Além disso, nos Estados Unidos da América foram registados mais de 600 casos confirmados de sarampo, o dobro dos 285 casos registados no ano passado. É de salientar que a grande maioria dos doentes não foi vacinada ou o seu registo de vacinação é desconhecido, dos quais cerca de 70% são crianças ou adolescentes. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, entre Janeiro e Fevereiro do corrente ano, foram registados cerca de 1.500 casos de sarampo na Região do Pacífico Ocidental, um aumento de quase o dobro em comparação com os 900 casos registados no período homólogo do ano passado. Registaram-se, recentemente, surtos de sarampo no Camboja, nas Filipinas, no Vietname e na Malásia, e vários casos de sarampo em diversos países europeus, nomeadamente, na Roménia, na França, na Espanha, na Itália e na Alemanha.
Actualmente, embora Macau não seja uma região afectado por uma epidemia de sarampo, enquanto cidade turística, persiste o risco de importação e propagação do sarampo. Os Serviços de Saúde salientam que a vacinação contra o sarampo constitui o método mais eficaz para prevenir a infecção e reduzir a transmissão do sarampo. Os residentes nascidos em ou depois de 1970 e que não estejam imunes à epidemia devem assegurar a conclusão da vacinação antes de viajar no exterior, sendo recomendável, nomeadamente, que:
- Os residentes com idade inferior a 18 anos, depois de 1 ano de idade completa, devem administrar, pelo menos, duas doses da vacina contra o sarampo para obterem imunidade completa. Recomenda-se a administração de uma dose de vacina MMR aos 12.º e 18.º meses de idade, respectivamente;
- A população em geral com idade igual ou superior a 18 anos deve administrar uma dose da vacina MMR;
- Os residentes podem consultar o registo individual de vacinação na Conta Única (Minha saúde → Registo de saúde → Registo de vacinação), bem como contactar o centro de saúde ou posto de saúde a que pertencem para obter informações.
As pessoas com necessidade de vacinação, os residentes de Macau e os não residentes autorizados a permanecer em Macau por um longo período (por exemplo, trabalhadores não residentes, estudantes, etc.), podem agendar a vacinação nos centros de saúde ou postos de saúde através de marcação prévia (website: https://www.ssm.gov.mo/mmrrs); os não residentes e outras pessoas podem dirigir-se às instituições médicas privadas de Macau para consulta sobre a vacinação.
Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que caso apresentem sintomas suspeitos de sarampo, nomeadamente, febre, erupção cutânea e conjuntivite, durante a viagem ou após o regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando os profissionais de saúde da história detalhada de viagem e de contacto.