Em Abril de 2024 o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 11,8%, face a Abril de 2023, devido à elevada base de comparação, pois no corrente ano os feriados da Páscoa ocorreram em Março, enquanto no ano passado foi em Abril. Destaca-se que o volume de negócios dos restaurantes ocidentais baixou 22,8%, contudo, o dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas aumentou 0,3%. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados diminuiu 32,3%, em termos anuais. O volume de negócios dos retalhistas entrevistados de todos os tipos de comércio a retalho desceu em termos anuais, realçando-se que o volume de negócios dos relógios e joalharia (-44,6%) teve a queda mais significativa, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração desceu 7,5%, face a Março de 2024. Salienta-se que o volume de negócios dos restaurantes chineses diminuiu 13,9%, porém, o dos restaurantes japoneses e coreanos subiu 2,1%. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês de referência o volume de negócios dos retalhistas entrevistados desceu 12,4%, em termos mensais. Realça-se que o volume de negócios dos relógios e joalharia baixou 21,7%, todavia, o dos automóveis aumentou 13,2%.
Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 33% dos proprietários entrevistados da restauração projectaram que o volume de negócios para Maio do corrente ano crescesse em termos mensais. Destaca-se que a proporção dos proprietários dos restaurantes chineses atingiu 52%. Por seu turno, cerca de 17% dos proprietários da restauração anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Maio. Relativamente ao comércio a retalho, 46% dos retalhistas entrevistados previram aumentos mensais no volume de negócios para Maio, realçando-se que as proporções dos retalhistas de produtos cosméticos e de higiene (70%), dos retalhistas de artigos de couro (57%), dos retalhistas de mercadorias de armazéns e quinquilharias (50%) e dos retalhistas de relógios e joalharia (46%) foram as mais elevadas. Além disso, cerca de 17% dos retalhistas entrevistados anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Maio.
Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (57,7) e o do ramo do comércio a retalho (64,5) foram ambos superiores a 50, isto é, tanto os proprietários da restauração como os retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Maio seria melhor do que o do mês em análise.
Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos por inferência global. A variação do volume de negócios entre o mês em análise e o mês de comparação pode servir como indicador de referência para o desempenho dos negócios dos ramos da restauração e do comércio a retalho, visto que o inquérito utiliza uma amostra fixa (de comerciantes). O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês em análise. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.