De acordo com as informações da Organização Mundial de Saúde, nos últimos anos, a taxa de vacinação contra o sarampo no mundo tem apresentado uma tendência de descida devido à pandemia da COVID-19, registando-se um aumento dos casos de infecção pelo vírus de sarampo após a reinício da circulação normal de pessoas em todo o mundo no ano de 2023. Actualmente, na Malásia, Filipinas, Nova Zelândia, Austrália, Singapura e Vietname, entre outros países e regiões situados na região do Pacífico Ocidental, a taxa de incidência do sarampo é relativamente alta. Nas regiões vizinhas, nomeadamente, Hong Kong e Taiwan, também se registaram, recentemente, os casos locais de sarampo.
Actualmente, não se encontra nenhum caso de infecção pelo vírus de sarampo em Macau, e Macau não é uma cidade considerada como uma região com epidemia de sarampo, e também Macau tendo sido reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como zona de eliminação do sarampo há vários anos. Como Macau é uma cidade turística internacional, todos os dias, um grande número de turistas visita Macau, por isso, as pessoas que trabalham nos sectores do turismo e de serviços são grupos de alto risco da infecção. Consequentemente, os Serviços de Saúde apelam aos indivíduos que ainda não têm imunidade contra o sarampo que devem ser sujeitos à vacinação contra o sarampo com a maior brevidade possível.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida principalmente através de gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitidas por contacto directo com as secreções orais e nasais e os objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ocorrer um período mais longo de 21 dias. O período de transmissão é de 3 dias antes do aparecimento de exantemas e pode continuar por mais de uma semana até ao seu desaparecimento. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), mancha bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal.
O sarampo é uma doença auto-limitada, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros e sem tratamento específico, no entanto, a infecção de sarampo nas crianças pode causar complicações, tais como, otite média, encefalite e pneumonia, e em casos mais graves, pode causar deficiência auditiva, deficiência intelectual e até morte.
O método mais eficaz para a prevenção da infecção pelo vírus de sarampo é a vacinação contra o sarampo, razão pela qual os Serviços de Saúde apelam aos indivíduos que ainda não têm imunidade contra o sarampo para realizarem, o mais rápido possível, a vacinação contra a sarampo (ou seja, a vacina MMR). A vacina em causa também pode prevenir ao mesmo tempo o sarampo, a rubéola (também conhecida como sarampo alemão) e a parotidite.
Caso os residentes precisem de ser vacinados, podem recorrer ao centro de saúde ou ao posto de saúde da sua área residencial.
Para proteger a sua saúde e a saúdé das suas crianças, os Serviços de Saúde apelam aos residentes e aos pais para seguirem as recomendações dos Serviços de Saúde, adoptando as seguintes medidas da prevenção:
- A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção pelo vírus de sarampo e de rubéola. Os indivíduos com idade inferior a 18 anos devem ser totalmente imunizados com pelo menos duas doses de vacina contra o sarampo após o 1.º aniversário. Recomenda-se a administração de uma dose de vacina MMR aos 12.o e 18.o meses de idade respectivamente; os pais devem evitar viajar com crianças não totalmente imunizadas ou deslocar-se aos locais com grande concentração de turistas;
- Os indivíduos nascidos depois do ano de 1970, com idade igual ou superior a 18 anos, que não tenham contraído sarampo e não tenham sido vacinados após o 1.º aniversário, nomeadamente os que cuidam de bebés e crianças, tais como, assistentes domésticos, trabalhadores de creches, devem administrar uma dose suplementar. Por sua vez, os profissionais de saúde pertencem ao grupo de alto risco, recomenda-se a administração de duas doses;
- Os indivíduos devem prestar atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;
- As pessoas imuno-comprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições de saúde;
- Caso apareçam sintomas suspeitos, nomeadamente, febre alta, erupção cutânea e conjuntivite, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.