Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 4º trimestre de 2022
Direcção dos Serviços de Estatística e Censos
2023-03-13 17:04
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A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2022. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba os ramos de actividade económica: do “comércio por grosso e a retalho”; dos “transportes, armazenagem e comunicações”; das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do quarto trimestre de 2022 encontravam-se ao serviço 65.462 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, mais 4,5%, face ao fim do trimestre homólogo de 2021, realçando-se que 41.017 trabalhavam no “comércio a retalho”, mais 4,1%. Em Dezembro de 2022 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.740 Patacas, correspondendo a um decréscimo de 1,7%, em termos anuais.

Nos “transportes, armazenagem e comunicações” existiam 13.964 trabalhadores ao serviço, mais 1,3%, face ao fim do quarto trimestre de 2021. Em Dezembro de 2022 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 19.960 Patacas, menos 6,7%, em termos anuais.

As “actividades de segurança” tinham 12.974 trabalhadores ao serviço, menos 0,4%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2022 foi de 12.880 Patacas, menos 5,2%, em termos anuais.

Nas “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” havia 951 trabalhadores ao serviço, menos 0,5%, em termos anuais. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.420 Patacas em Dezembro de 2022, equivalendo a um aumento de 2,2%, em termos anuais.

O número de vagas no “comércio por grosso e a retalho” (2.632) cresceu 796, em termos anuais, porém, o de vagas nas “actividades de segurança” (1.111) diminuiu 59.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido na maioria das vagas das “actividades de segurança” (86,9%) e do “comércio por grosso” (65,3%). O ensino superior era requerido em 13,2% das vagas dos “transportes, armazenagem e comunicações”. Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 75,7% e 53,8% das vagas do “comércio a retalho”, respectivamente. Os domínios destes idiomas eram exigidos em 52,7% e 41,0% dos postos vagos das “actividades de segurança”, respectivamente.

No ramo do “comércio a retalho” a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,2%) e a taxa de vagas (4,3%) subiram 0,9 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente. No ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de rotatividade de trabalhadores (4,2%) e a taxa de vagas (5,5%) cresceram 0,9 e 2,1 pontos percentuais, respectivamente. Estas taxas relevam que o número de vagas a serem preenchidas nestes ramos de actividade económica era relativamente elevado.

Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica do inquérito referente ao trimestre em análise, 38.597 participantes frequentaram 1.073 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 43,3% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” forneceram formação profissional aos seus trabalhadores. O número de formandos das “actividades de segurança” foi o mais elevado, isto é, 19.124, estes assistiram a 246 cursos de formação profissional. Analisando por tipo de cursos, as “actividades de segurança” forneceram cursos de “comércio e gestão” (71,9%), seguindo-se os cursos de “técnicas de apresentação e comunicação” (11,1%). No que concerne ao pagamento da formação, os estabelecimentos pagaram os encargos de mais de 90% dos formandos dos ramos inquiridos, com excepção do ramo das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”.


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