O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, indicou, hoje (24 de Fevereiro), que o combate rigoroso das autoridades levou a que a tendência de migração ilegal tenha registado, nos últimos anos, uma redução notável, e acrescentou que, durante a pandemia, as actividades de contrabando aumentaram, mas os Serviços de Alfândega (SA) e o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) têm vindo a cooperar no reforço às forças de combate.

No final da reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, Wong Sio Chak falou à comunicação social explicando que, após a criação, entre Macau e o Interior da China, do mecanismo de prevenção conjunto de combate à imigração ilegal em Outubro de 2015, os Serviços de Polícia Unitários têm coordenado os SA, o CPSP e a Polícia Judiciária, no combate conjunto da criminalidade no âmbito da migração ilegal, obtendo um resultado notável, além disso, o número de imigrantes ilegais detidos registou uma diminuição significativa, passando de mais de dois mil casos, registados há alguns anos, para acima de 300 casos, recentemente. Indicou que, até ao momento, não houve registo de imigrantes ilegais provenientes de Hong Kong.

O secretário referiu ainda que, devido ao impacto da pandemia nos últimos dois anos, nomeadamente após o agravamento da situação nas regiões vizinhas, os contrabandistas passaram a aproveitar Macau para contrabandear produtos para o Interior da China, prática que afecta a ordem económica de Macau, mas também acaba por ser uma lacuna na prevenção epidémica. Adiantou que os SA, além do combate à migração ilegal, têm feito uma grande aposta no trabalho contra as actividades de contrabando, nomeadamente, no reforço contínuo da frota de barcos, optimização das técnicas, do cumprimento da lei, da segurança do pessoal. Acrescentou que, sob o mecanismo experiente de comunicação com o Interior da China, as autoridades estão empenhadas no combate contra as actividades de contrabando, a par disso, o CPSP também tem sempre pessoal a patrulhar as zonas junto aos postos fronteiriços, a fim de deter os suspeitos em acções de contrabando. O mesmo responsável apelou aos residentes e turistas para comunicarem à Polícia caso detectem indícios de crimes.

Questionado sobre o recente combate ao jogo transfronteiriço pelo Ministério da Segurança Pública e os rumores relativos a maiores restrições de viagem de turistas do Interior da China a Macau, Wong Sio Chak indicou não ter recebido essa informação, e, caso qualquer situação afecte o desenvolvimento do sector turístico de Macau, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau vai reflectir as opiniões ao Governo Central. Acrescentou que, sob o princípio de não violar as leis nacionais, a viagem de turistas do Interior da China a Macau está legalmente protegida.