As escolas oficiais, como parte integrante importante da educação de Macau, têm vindo a articular-se com as políticas educativas do Governo da RAEM, a fim de responderem às necessidades de formação de talentos. Com vista a melhorar, ainda mais, o ambiente de ensino, proporcionando uma maior harmonização com o prosseguimento de estudos e satisfazendo as necessidades de crescimento integral, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai proceder, no ano lectivo de 2022/2023, à integração das escolas oficiais da sua tutela.

Assim, a Escola Oficial Zheng Guanying, a Escola Oficial de Seac Pai Van, a Escola Primária Oficial Luso-Chinesa “Sir Robert Ho Tung” e a Escola Luso-Chinesa da Taipa vão manter-se inalteradas; a Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes e a Escola Primária Luso-Chinesa da Flora vão integrar-se em escolas oficiais que passarão a ministrar todos os níveis de ensino, do Infantil ao Secundário Complementar. Após essa integração, serão disponibilizadas mais escolas oficiais com os vários níveis de ensino, o que será mais benéfico para a articulação com o prosseguimento de estudos e o desenvolvimento integral; na península de Macau, será criada uma escola oficial de Ensino Especial, que permitirá uma maior eficácia na prestação de serviços aos alunos com necessidades educativas especiais, devido à concentração das equipas de profissionais docentes e de serviços terapêuticos. Além disso, o tempo do transporte, de ida e volta, dos alunos que, actualmente, têm de frequentar a Escola Luso-Chinesa de Coloane será também reduzido, proporcionando um local de frequência escolar mais conveniente para a maioria dos encarregados de educação e respondendo às solicitações urgentes de encarregados de educação e alunos do ensino especial, que têm vindo a ser apresentadas ao longo de vários anos.

Com base nisto, as escolas oficiais passarão de um total de 2 escolas com sistema “one stop”, disponibilizando todos os níveis de ensino, do Infantil ao Secundário Complementar, para um total de 5 escolas com esse mesmo sistema (Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional, Escola Oficial Zheng Guanying, Escola Oficial de Seac Pai Van, Escola Primária Luso-Chinesa da Flora), situadas na península de Macau e na área do Cotai. Na península de Macau, permanecerão inalteradas 2 escolas (Escola Primária Oficial Luso-Chinesa “Sir Robert Ho Tung” e Jardim de Infância Luso-Chinês “Girassol”) que ministram os ensinos Primário e Infantil, e na área do Cotai manter-se-á 1 escola (Escola Luso-Chinesa da Taipa) que oferece os ensinos Primário, Infantil e Especial. Os planos principais do programa de integração são os seguintes: a Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte será integrada na Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional; nas instalações da Escola Primária Luso-Chinesa da Flora passará a funcionar uma escola oficial de sistema “one stop” do Ensino Especial, sendo os seus actuais alunos do ensino Infantil e do Ensino Primário da secção portuguesa transferidos para a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, e os restantes alunos para a Escola Primária Oficial Luso-Chinesa “Sir Robert Ho Tung”, situadas nas vizinhanças, para que os alunos possam continuar os seus estudos nos ensinos Primário e Secundário.             

Quanto aos trabalhos relativos à integração das escolas, a DSEDJ vai manter contactos constantes com as escolas oficiais, para discutir os pormenores. A DSEDJ tem também vindo a realizar sessões de esclarecimento para o pessoal docente das referidas escolas e para os pais/encarregados de educação, salientando que a garantia da frequência e da qualidade pedagógica seriam as prioridades dos trabalhos deste programa de integração, não resultando daí qualquer redução das vagas disponibilizadas pelas escolas oficiais e do pessoal docente. Com este programa poder-se-á proporcionar aos alunos recursos pedagógicos de melhor qualidade e instalações melhoradas, fazendo com que as escolas oficiais possam desenvolver vantagens complementares em diferentes âmbitos e elevar a qualidade pedagógica geral, das instalações e dos equipamentos, a fim de responderem às necessidades de desenvolvimento futuro dos seus alunos.