A partir de Outubro deste ano, divulga-se o Índice de Preços no Consumidor (IPC) com o período base de Abril de 2018 a Março de 2019. O IPC Geral de Outubro de 2019 atingiu 102,68, isto é, +2,86%, em termos anuais, este acréscimo aumentou 0,13 pontos percentuais, face ao de Setembro de 2019 (+2,73%). O crescimento homólogo em Outubro foi impulsionado, principalmente, pelo aumento dos preços: da carne de porco; das refeições adquiridas fora de casa e da gasolina, bem como pela ascensão das rendas de casa, informam os Serviços de Estatística e Censos.
Entre as várias secções de bens e serviços, os índices de preços das secções da educação, dos transportes e dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas registaram os maiores acréscimos, ou seja, +5,24%, +4,85% e +4,76%, respectivamente, face a Outubro de 2018, enquanto que os índices de preços das secções das comunicações e do vestuário e calçado baixaram 2,57% e 1,93%, respectivamente. O IPC-A (102,68) e o IPC-B (102,66) aumentaram 2,75% e 3,77%, respectivamente, em termos anuais.
Em Outubro deste ano o IPC Geral cresceu 0,29%, em termos mensais. Os índices de preços das secções dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e dos transportes subiram 0,67% e 0,45%, respectivamente, em termos mensais, devido quer ao aumento contínuo dos preços da carne de porco fresca, quer ao crescimento dos preços das refeições adquiridas fora de casa e da gasolina. O índice de preços da secção da habitação e combustíveis ascendeu 0,15%, em termos mensais, graças principalmente ao acréscimo das rendas de casa e dos preços do gás de petróleo liquefeito, no entanto, a diminuição dos preços da electricidade contrabalançou parte do crescimento. Por seu turno, o índice de preços da secção da recreação e cultura diminuiu 0,64%, em termos mensais, em virtude da redução dos preços das excursões. O IPC-A e o IPC-B cresceram 0,30% e 0,22%, respectivamente, em termos mensais.
O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, subiu 2,82%, observando-se os crescimentos mais substanciais nos índices de preços das secções da educação (+5,78%) e dos transportes (+4,91%). O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, aumentaram 2,76% e 3,29%, respectivamente, face ao período anterior.
Nos dez primeiros meses do corrente ano o IPC Geral médio ascendeu 2,78%, relativamente ao mesmo período do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 2,70% e 3,38%, respectivamente, face ao idêntico período do ano precedente.
O IPC Geral permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau. O IPC-A reflecte a evolução de preços para cerca de 50% das famílias residentes, cuja despesa mensal está compreendida entre 12.000 e 35.999 Patacas e o IPC-B representa o mesmo indicador para cerca de 30% das famílias residentes, cuja despesa mensal varia entre 36.000 e 62.999 Patacas.
O IPC, com o novo período base, foi revisto em conformidade com os resultados do Inquérito aos Orçamentos Familiares 2017/2018 e aquando da elaboração do índice de rendas, adoptou as informações fornecidas pela Direcção dos Serviços de Finanças relativas ao arrendamento de fracções autónomas habitacionais, optimizando assim a representatividade do índice de rendas. Em comparação com o período base anterior, a ponderação da secção da habitação e combustíveis tornou-se a maior, tendo ultrapassado a da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, devido ao aumento das rendas de casa pagas pelas famílias. Todavia, as ponderações das secções dos transportes e do vestuário e calçado desceram, em virtude sobretudo do decréscimo das despesas efectuadas pelas famílias na aquisição de automóveis, de vestuário e de calçado.