O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, o Subdirector dos Serviços de Saúde, Dr. Kuok Cheong U, a Subdirectora dos Serviços de Saúde, Dr.a Ho Ioc San, o Coordenador do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Dr. Lam Chong, estiveram presentes terça-feira (14 de Novembro) no programa “Macau Plaza” da Rádio Macau, de modo a esclarecer a população público sobre o trabalho realizado na área da saúde. Após o programa em declarações à comunicação social foram apresentados os planos sobre a acreditação internacional de equipa médica de resposta a situações de emergência e a promoção de vales de saúde inteligentes.
Através do pedido de acreditação internacional da equipa médica de resposta a emergência para melhoria da capacidade de assistência
O Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, anunciou hoje que os Serviços de Saúde estão a ponderar a apresentação à Organização Mundial de Saúde de um pedido internacional de acreditação de uma equipa médica de resposta a situações de emergência. A acreditação está dividida em três categorias médicas distintas: a primeira categoria refere-se a equipas médicas que podem atender até 100 utentes em situação ambulatória, que por serem de menor escala só podem integrar situações de desastre para procederam a trabalhos de assistência médica; a segunda e a terceira categoria da equipa médica são capazes de realizar operações cirúrgicas, estabelecer as camas e atender utentes em consulta externa, além de poderem criar tendas médicas ou hospitais de campanha em áreas de desastre.
Os Serviços de Saúde planeiam pedir a acreditação da primeira categoria da equipa médica.
De acordo com o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion, o pedido de acreditação visa a melhoria da capacidade de assistência médica, podendo em qualquer momento responder a incidentes inesperados, fornecendo assistência médica atempada. Com esta acreditação, quando seja necessário, os Serviços de Saúde também poderão enviar equipas médicas, de acordo com as instruções da Organização Mundial de Saúde, para zonas onde seja necessária assistência médica de urgência. Actualmente existem duas equipas médicas acreditadas de resposta a emergência no Interior da China.
Serviços de Saúde optimizam vales de saúde, prolongando período de uso para dois anos e passando-os a vales electrónicos
A Subdirectora dos Serviços de Saúde, Dr.a Ho Ioc San, afirmou que o Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde foi implementado há 8 anos e que se torna necessário proceder a uma revisão, devendo ser optimizados o método e procedimento de uso dos vales. Nos últimos dias, foram auscultadas as opiniões apresentadas pelo Conselho para os Assuntos Médicos e pelas algumas associações de saúde. O projecto preliminar abrange duas partes: 1) a recomendação sobre o prolongamento do período de uso dos vales de saúde para dois anos, isto é, os vales de saúde podem ser acumulados e usados no prazo máximo de 2 anos. 2) responder ao desenvolvimento da “cidade inteligente” que está a ser promovida pelo Governo da RAEM, pelo que os Serviços de Saúde estão a avaliar a viabilidade dos vales de saúde passarem a ser electrónicos, sem impressão prévia, podendo os residentes usufruir dos vales através da exibição do bilhete de identidade de residente de Macau, nas instituições médicas aderentes e assim deduzir o valor dos vales de saúde através de um sistema electrónico. O valor nominal de 50 patacas será actualizado, minimizando o seu valor para 10 patacas, de modo a aumentar a flexibilidade de uso. A par disso, o projecto de optimização dos vales de saúde inteligente mantém o direito existente da população, isto é que o vale de saúde é transmissível, a favor de pai, mãe, filho, filha e cônjuge. E este processo de transmissão poderá ser efectuado através de uma máquina auto-serviço, através de aplicação de telemóvel ou através de um sistema online.
O projecto de optimização dos vales de saúde inteligentes tem vantagens para população e para o sector de saúde, por um lado, os residentes não necessitam de imprimir previamente os vales de saúde, podendo, assim, evitar riscos de desvio e danos. Deixa de ser necessário a assinatura dos vales, poupando mais tempo. Por outro lado, o sector de saúde também não necessita de gastar tempo para o processo de verificação dos dados preenchidos pelos utentes e para o processo referente à entrega do balanço dos vales de saúde. Relativamente à monitorização, porque de um modo geral um bilhete de identidade de residente não é entregue a outra pessoa para seu uso, o que também pode evitar a prática da irregularidade, tais como, fazer compras com os vales de saúde em papel, usar os vales de saúde dos beneficiários falecidos. Relativamente ao custo administrativo e devido à aquisição dos equipamentos necessários no primeiro ano da implementação, o orçamento do custo administrativo é superior a 24 milhões de patacas, um aumento de custos administrativos de cerca de 6 milhões em comparação com o valor previsto de cerca de 17 milhões dos vales de saúde em papel. No entanto, após o uso sucessivo dos vales de saúde inteligentes, o orçamento anual ira reduzir para cerca de 14 milhões, significando a poupança do orçamento anual em cerca de 3 milhões de patacas. Os Serviços de Saúde procederão a uma consulta sobre este programa ao sector de saúde, e há a intenção de que o programa seja implementado no dia 1 de Maio do próximo ano.
CHCSJ está a investigar caso suspeito de recusa do internamento hospitalar a mulher grávida durante o período de tufão
Durante o programa da Rádio Macau um residente questionou o facto de ter sido pedido a uma mulher grávida para sair do hospital devido a insuficiência de camas durante o período do tufão "Hato", resultando em morte fetal. O Director do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Dr. Kuok Cheong U, afirmou que o hospital está a dar a devida atenção a esta situação e que após a passagem do tufão, ele próprio manteve um encontro com a família da utente para entender o caso. De acordo com a investigação preliminar, esta mulher grávida sempre foi sujeita a exames de ginecologia e obstetrícia no Centro de Saúde e no CHCSJ, não tendo sido encontradas anormalidades. No dia em que ocorreu o tufão, os profissionais de saúde procederam à medida para que esta mulher grávida pode descansar no átrio do CHCSJ, fornecendo-lhe água potável e cobertores. Presentemente, o CHCSJ iniciou uma investigação através de mecanismo de pesquisa interna, nomeadamente, audiência da prova, análise de vídeos e dos relatórios patológicos. Caso exista alguma situação anómala o caso será tratado de acordo com legislação em vigor e é previsível que os resultados da investigação sejam obtidos no final deste ano.