Decorreu em Macau entre os dia 22 a 26 de Julho do corrente ano a Conferência de Fundação da mAAN (modern Asian Architecture Network), co-organizada pelo Instituto Cultural do Governo da RAEM. Reuniram-se no auditório da Autoridade Monetária e Cambial de Macau, arquitectos e estudiosos desta rede, visando focar a história e o desenvolvimento da arquitectura moderna na zona asiática, dentro duma perspectiva regional. A rede mAAN foi conceptualizada pelo Professor Shin Muramatsu da Universidade de Tóquio, e tem cerca de vinte membros fundadores que idealizaram esta iniciativa, entre os quais se conta o chefe do Departamento do Património Cultural do Instituto Cultural.
A mAAN pretende servir como plataforma para o intercâmbio de opiniões e experiências, e a troca de informações através de acções de formação e divulgação sobre actividades dos 14 países representados na rede até este momento. Um dos objectivos principais será o de estudar, conservar e reabilitar a arquitectura asiática moderna (ou seja, para muitos dos participantes, de traço "colonial").
Durante a semana foram debatidos vários temas, entre os quais a reconstrução do valor da arquitectura asiática moderna, a criação de programas de revitalização, uma abordagem sociológica, e a arquitectura de Macau em especial. O conteúdo destas intervenções será publicado a curto prazo na página de Internet da mAAN (server@m-aan.org) pela própria organização. A minuta da declaração final foi apresentada na última sessão da reunião, fazendo-se um resumo das principais linhas de acção que serão desenvolvidas no futuro pela mAAN. Ao mesmo tempo, foi definida a criação duma base de dados no mesmo site da Internet, em que poderão participar todos os membros actuais e futuros associados, com a expectativa de uma troca livre e criativa de informação.
Aproveitando a presença dos mais de 100 delegados que assistiram a esta conferência, o Instituto Cultural lançou no dia 23 um programa dedicado à realidade patrimonial de Macau, nomeadamente a apresentação do Projecto de Candidatura de Macau à Lista do Património Mundial da UNESCO. Esta sessão pública visou sensibilizar quer a comunidade local quer os participantes da mAAN para uma maior consciencialização do valor universal do património de Macau, reafirmando-se a identidade única da RAEM. Os delegados ainda tiveram oportunidade de fazer uma visita aos monumentos e edifícios classificados que integram o projecto desta importante candidatura.
O facto da mAAN ter escolhido Macau como o local da Conferência de Fundação confere à cidade um estatuto promissor nesta nova abordagem regional da arquitectura moderna.
