O CCAC descobriu um caso de burla praticado por um suspeito, funcionário da Direcção dos Serviços de Trabalho e Emprego.
Conforme as informações obtidas, um cidadão de apelido WONG, que foi despedido pela sua companhia, pediu ajuda aos Serviços de Trabalho e Emprego para exigir o pagamento da compensação em dívida. Com este apoio, o problema do senhor WONG foi resolvido e, através dum fiscal daqueles serviços, o senhor WONG recebeu um cheque de valor superior a 21 mil patacas. Mais tarde, o senhor WONG recebeu uma notificação para cobrança de um imposto muito avultado, emitida pelos Serviços de Finanças. O senhor WONG deslocou-se novamente aos Serviços de Trabalho e Emprego para pedir esclarecimentos e fazer queixa relativa a esta actuação. Esse fiscal insistiu que na altura entregou ao senhor WONG um cheque de 41 mil patacas. Depois de deixar aqueles Serviços, o senhor WONG recebeu um telefonema de um indivíduo alegado funcionário de um Banco, afirmando que, por negligência, não foi possível fazer o levantamento do valor remanescente, assim, marcou um encontro no rés-do-chão do prédio onde mora o senhor WONG, para lhe entregar o dinheiro não levantado. Posteriormente, a pessoa que apareceu no local combinado foi o referido fiscal dos Serviços de Trabalho. Esse fiscal entregou ao senhor WONG 20 mil patacas e mandou-o a retirar a queixa apresentada nos Serviços de Trabalho e Emprego.
Após a investigação, o CCAC presume que, quando entregou o cheque de 21 mil patacas para o senhor WONG, a pessoa que reteve o seu documento de identificação (cerca de meia hora), aproveitou essa oportunidade para falsificar a sua assinatura e levantou no Banco outro cheque de 20 mil patacas destinado ao senhor WONG. Feita uma peritagem, confirmou-se que a assinatura encontrada no cheque de 20 mil patacas é diferente da assinatura do senhor WONG. O CCAC encaminhou o presente caso ao Ministério Público.