No primeiro trimestre de 2024 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho cifrou-se em 20,71 mil milhões de Patacas, diminuindo 12,5%, em termos anuais, devido principalmente à elevada base de comparação, pois assistiu-se à liberação de despesas sobretudo no primeiro trimestre do ano anterior, em que as actividades económicas regressaram à normalidade. No entanto, este volume aumentou 1,2%, face ao primeiro trimestre de 2019. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho diminuiu 17,8%, em termos anuais, contudo, cresceu 2,7%, relativamente ao idêntico trimestre de 2019, informam os Serviços de Estatística e Censos.
O volume de negócios de artigos de comunicação, o de relógios e joalharia, o de artigos de couro e o de mercadorias de armazéns e quinquilharias baixaram 42,8%, 18,7%, 17,9% e 14,5%, respectivamente, face ao primeiro trimestre de 2023, porém, o de alimentos/doces chineses aumentou 24,2%. Quanto ao índice do volume de vendas, o de artigos de comunicação (-42,2%, em termos anuais), o de relógios e joalharia (-26,0%), o de artigos de couro (-21,5%) e o de mercadorias de armazéns e quinquilharias (-17,8%) também tiveram os decréscimos mais acentuados. Todavia, o índice do volume de vendas de alimentos/doces chineses (+20,1%) ascendeu.
No primeiro trimestre do corrente ano o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho aumentou 2,3%, em comparação com o quarto trimestre do ano anterior. Destaca-se que o volume de negócios de produtos cosméticos e de higiene (+16,3%, em termos trimestrais), o de vestuário para adultos (+7,9%), o de supermercados (+7,7%) e o de alimentos/doces chineses (+7,3%) ascenderam, contudo, o de artigos de comunicação (-29,8%) e o de automóveis (-20,2%) caíram. Por seu turno, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho cresceu 1,8%, em termos trimestrais. Salienta-se que o índice do volume de vendas de produtos cosméticos e de higiene, o de vestuário para adultos, o de alimentos/doces chineses e o de supermercados subiram 17,1%, 10,1%, 7,8% e 7,3%, respectivamente, enquanto o de artigos de comunicação e o de automóveis diminuíram 30,2% e 20,0%, respectivamente.
Nos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho sobre previsões para o segundo trimestre de 2024, sabe-se que 54,7% dos retalhistas antecipam a estabilização do volume de vendas em termos anuais, 37,3% prevêem a diminuição e 8,0% projectam o aumento. Paralelamente, para o segundo trimestre do corrente ano, 79,7% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas em termos anuais, 11,7% projectam a diminuição e 8,6% prevêem o aumento. Além disso, para o segundo trimestre de 2024, a previsão de cerca de 42,0% dos retalhistas é de que a situação de exploração dos estabelecimentos seja estável, comparativamente com o trimestre em análise, 37,3% dos retalhistas pressupõem uma situação de exploração insatisfatória e 20,7% prevêem uma situação de exploração satisfatória.