A “6.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) - Conferência dos Empresários” foi hoje (dia 23) realizada com sucesso. O evento contou com a participação de cerca de 700 líderes e representantes governamentais, de agências de promoção comercial, de associações empresariais e de empresas de referência do Interior da China, de 9 países de língua portuguesa (PLP) e das Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e de Macau. Entre os participantes constam representantes das empresas chinesas listadas no ranking do Fortune China 500, líderes globais de produção de pasta de papel dos PLPs, representantes empresariais das áreas “1+4”, etc. Entre os convidados presentes na reunião, estiveram vários líderes a nível de vice-primeiro ministro e de ministro.

O tema desta “Conferência dos Empresários” é a “Promoção das Novas Tendências de Transformação Digital e Partilha de Novas Oportunidades para o Desenvolvimento Verde”. Na cerimónia de abertura, Guo Tingting, Vice-Ministra do Comércio do Estado, afirmou que Macau está a construir proactivamente uma plataforma abrangente e de alto nível de serviços para a cooperação comercial sino-portuguesa, desempenhando um papel dinâmico no intercâmbio económico e comercial, serviços empresariais, conferências e exposições, exibições culturais e formação de talentos entre a China e os PLPs. Actualmente, a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin estão a avançar aprofundadamente, trazendo mais novas oportunidades para a cooperação económica e comercial entre a China e os PLPs. Afirmou ainda que o Ministério do Comércio do Estado apoiará Macau a continuar a desempenhar o seu papel de “ligação” entre a China e os PLPs.

Desenvolvimento das indústrias “1+4” proporcionará mais oportunidades de desenvolvimento para as empresas da China e dos PLPs

Lei Wai Nong, Secretário para a Economia e Finanças do Governo da RAEM, referiu que a “Conferência dos Empresários” é uma actividade importante durante a Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, espera que as elites de todas as partes tenham partilhado as suas ideias, explorado novos modelos de cooperação entre a China e os PLPs, utilizando a inovação tecnológica para promover a optimização e actualização contínua das cadeias industriais e de suprimentos e contribuir para o desenvolvimento da cooperação económica e comercial de alta qualidade entre a China e os PLPs. Ao mesmo tempo, Macau tem-se empenhado em promover o desenvolvimento das indústrias “1+4” que proporcionarão mais oportunidades de desenvolvimento para as empresas da China e dos PLPs. Desde o início do corrente ano, a construção da Zona de Cooperação Aprofundada acelerou ainda mais, o que cria condições mais favoráveis ​​para a construção do Centro de Comércio Internacional Sino-Português na Zona de Cooperação Aprofundada, e demonstra ainda mais o novo modelo de desenvolvimento conjunto de Macau-Hengqin, nomeadamente “Plataforma de Macau + Recursos Internacionais + Espaço em Hengqin + Resultados Compartilhados”.

Zhang Shaogang, Vice-Presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, afirmou que, aderindo a um espírito de “negociação e cooperação, construção de plataformas e partilha de desenvolvimento”, as comunidades empresariais da China e dos PLPs alcançaram resultados significativos nomeadamente nos domínios das infraestruturas, novas energias, finanças e seguros, assim como em cuidados médicos e de saúde. No futuro, é expectável que os dois lados aprofundem a cooperação em três direcções principais. Primeiro, com a aceleração da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, será possível aos sectores empresariais dos PLPs interagirem de modo mais aprofundado com o mercado do Interior da China através da plataforma de Macau. Em segundo lugar, ambas as partes poderão reforçar os contactos em domínios emergentes como a transformação digital e a economia verde, propiciando assim novas tendências de cooperação industrial. Finalmente, ambas as partes podem dar um maior papel às entidades de promoção do comércio, de modo a construir uma nova plataforma de cooperação pragmática. O Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional irá organizar, em Novembro deste ano, a “2.ª Exposição Internacional da Cadeia de Abastecimento da China” em Pequim, um evento que irá promover a melhoria e actualização da cadeia de abastecimento das indústrias entre a China e os PLPs.

Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, Secretário Executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, realçou que o seu país e a China são importantes parceiros na economia e nos negócios. Ele espera fazer uso da plataforma Sino-Lusófona de Macau para tornar possível que pequenas empresas se envolvam mais na transformação digital e prestem um maior contributo para a inovação básica, o emprego e a produção. Macau possui enormes vantagens no que toca à penetração de empresas lusófonas no Interior da China, e os PLPs podem também fazer uso dos seus próprios pontos fortes e vantagens de modo a encontrar mais oportunidades.

Vários oradores de alta importância partilharam as suas impressões em dois seminários temáticos

Os dois seminários temáticos contaram com a presença de vários oradores de alta importância, incluindo representantes das empresas chinesas listadas no ranking do Fortune China 500, de agências de promoção comercial, câmaras de comércio ou empresas dos nove PLPs, bem como de câmaras de comércio e empresas conceituadas do Interior da China, Hong Kong e Macau. As suas áreas de actuação abrangem finanças, alta tecnologia, comércio e protecção ambiental. Representantes de associações e empresas conceituadas partilharam ideias sobre temas como: “Acelerar a Transformação Digital e Desencadear um Novo Impulso para o Desenvolvimento Industrial” e “Promover a Economia Verde e Criar um Futuro de Desenvolvimento Sustentável”.

Durante o evento, alguns palestrantes partilharam as suas experiências no âmbito da digitalização das empresas e possíveis riscos a nível comercial, assim como os desafios da reestruturação das indústrias tradicionais em regiões com grandes disparidades entre cidade e campo. Os palestrantes salientaram o papel da Conferência dos Empresários em ajudar a estabelecer relações de cooperação entre o Interior da China, os PLPs e Macau, a melhorar a produção, a qualidade e a eficiência, assim como aumentar os fluxos comerciais e a desencadear novas dinâmicas de desenvolvimento.

Diversos convidados fizeram notar também que o desenvolvimento verde do futuro se encontra em conformidade com o plano de desenvolvimento diversificado "1+4" proposto por Macau, de modo que é importante continuar a reforçar o desenvolvimento de novas tecnologias e a dar melhor uso à plataforma sino-portuguesa de Macau, no sentido de promover a redução global das emissões de carbono e o desenvolvimento sustentável.