Teve lugar na tarde do primeiro dia (28 de Março) do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2024 (2024MIECF), o “Dia da Cooperação Empresarial Verde - Sessão 1 do Fórum Verde”. Na sequência de dois anos da co-organização com uma sociedade de contabilistas internacionalmente reconhecida, este ano, pela primeira vez, a sessão tem como co-organizadoras a Aliança de Finanças Verdes da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e a Associação de Bancos de Macau na realização de dois seminários temáticos programados. Para esta sessão, mais de 10 especialistas e líderes da indústria, provenientes da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau, dos Países de Língua Portuguesa e dos países do Sudeste Asiático, marcaram presença para discutir, em conjunto, o desenvolvimento integrado entre ESG (ambiente, social e governança) e as principais indústrias “1+4”, nomeadamente finanças, turismo, tecnologia de ponta, comércio e convenções e exposições. Os convidados participantes consideram que a definição de normas ecológicas, de baixo carbono e de redução de emissões é propícia à promoção do desenvolvimento das indústrias “1+4”, e afirmaram o papel de investimentos de ESG no desenvolvimento verde, de alta qualidade e sustentável da economia.
O “Dia da Cooperação Empresarial Verde” deste ano, subordinado ao tema “Novas Oportunidades de Negócio de ESG — Construção Conjunta do Ecossistema para a Economia Circular”, é organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau e pela PricewaterhouseCoopers (PwC), tendo atraído a participação de mais de 300 pessoas.
Promoção conjunta do desenvolvimento verde, de qualidade e sustentável “1+4” na invervenção de oradores
Na sua intervenção, o presidente do IPIM, U U Sang, apontou que o Dia da Cooperação Empresarial Verde constitui uma das actividades de destaque do MIECF. A participação das entidades co-organizadoras e coordenadoras assim como dos participantes de bancos de grande dimensão, instituições financeiras, empresas-chave, empresas de lazer integrado e associações comerciais da Grande Baía, do Sudeste Asiático e da Europa aumentou significativamente o profissionalismo e a atractividade do evento. Em articulação com o funcionamento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin em modelo de gestão separada, a ligação industrial entre Macau e Hengqin abraça uma nova fase. No futuro, o IPIM espera reforçar, de forma contínua, a cooperação com a Zona de Cooperação Aprofundada, sobretudo na realização de convenções e exposições sob o modelo “Um Evento, Dois Locais”, no sentido de promover a integração profunda em termos de fluxo de clientes, de capital e de informações entre duas regiões e com base nisso explorar ainda mais o mercado da Grande Baía e aprofundar a cooperação industrial diversificada a nível regional.
O sócio e director do Gabinete da Região de Macau da PwC China, Bernard Li, referiu, no seu discurso, que o conceito nuclear da economia circular consiste em optimizar, dentro do possível, a utilização dos recursos e os processos de produção, de forma a minimizar o desperdício e conseguir um ciclo de recursos mais eficiente. Isto implica a inovação e a colaboração entre todos os sectores, desde a concepção de produtos e os processos de produção até à reciclagem e reutilização dos recursos. Li acredita que, através da colaboração interdisciplinar e da partilha de conhecimentos, é viável estimular o desenvolvimento da economia circular em Macau e até em toda a região. No futuro, a PwC irá continuar a apoiar a inovação ecológica e de baixo carbono e a explorar, com mãos dadas com parceiros de diferentes sectores, o potencial ilimitado das oportunidades de negócio na área ambiental.
De acordo com o discurso proferido pelo presidente da presidência rotativa da Aliança de Finanças Verdes da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e presidente da Associação de Bancos de Macau, Ip Sio Kai, o sector tem cooperado activamente com o Governo da RAEM na promoção do desenvolvimento de finanças modernas e no aumento do apoio financeiro à transformação verde e com baixas emissões de carbono. Até ao final do ano corrente, o valor das obrigações verdes cotadas em Macau foi de 108,835 mil milhões de patacas, com o aumento homólogo de 38,47%. Além disso, a fim de expandir a cooperação regional no domínio das finanças verdes, a ABM assumiu a liderança na criação do “Grupo de Trabalho Sino-Português sobre a Conectividade das Finanças Verdes”. Esta iniciativa irá facilitar a realização de intercâmbios mais alargados entre a Área da Grande Baía e os países de língua portuguesa, bem como a União Europeia na área das finanças verdes, e fomentar a articulação entre o Interior da China e a comunidade internacional em termos de normas e regulamentos do referido sector.
Seminários temáticos focados na transformação verde e no desenvolvimento da economia circular
Fazem parte do programa da sessão dois seminários temáticos. Em termos concretos, para o seminário temático 1, foram convidados especialistas de instituições financeiras, associações económicas e comerciais, instituições de desenvolvimento de baixo carbono e de sector de tecnologia digital sustentável, para realizar discussão em torno do tema “Novas Oportunidades de Transformação Verde e de Baixo Carbono através das Finanças”. Durante o seminário temático 2, representantes das áreas de tecnologia de ponta, de protecção ambiental e de turismo e lazer integrado procederam ao intercâmbio sobre o tema “Colaborações Intersectoriais com vista a Potenciar o Desenvolvimento da Economia Circular”. O seminário, por um lado, disponibilizou uma plataforma de intercâmbio para os participantes discutirem as oportunidades de negócio e por outro lado, constituiu uma medida favorável no que toca à exploração de novas oportunidades de negócio de ESG por parte das principais indústrias “1+4”.
Um convidado sugeriu, na sua partilha de conhecimentos sobre as finanças verdes, que poderia ser criado um sistema de normas unificado para alcançar uma ligação efectiva com a comunidade internacional. Enquanto plataforma de ligação com o resto do mundo, Macau pode potenciar o seu papel, de maneira a criar ligações entre a China e os países de língua portuguesa e mesmo a Europa, pelo que se acredita que Macau tem um papel significativo a desempenhar na promoção da transformação verde. A par disso, o convidado ainda apresentou os resultados alcançados no desenvolvimento motivado pela transformação das finanças verdes e afirmou que um sistema de avaliação de alto nível para as indústrias verdes, de baixo carbono e de redução de emissões contribuiria para promover o desenvolvimento das principais indústrias “1+4”.
Vários convidados provenientes dos países lusófonos e do Sudeste Asiático exploraram, a partir de casos concretos dos seus países e regiões, a forma de reduzir a pegada de carbono e de estimular o desenvolvimento equilibrado do ecossistema, bem como a transição da gestão de resíduos para a economia circular, proporcionando assim uma perspectiva internacional no que toca a intercâmbio e cooperação interdisciplinares e transregionais no domínio de ecologia.