Em Junho de 2023 o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração subiu 104,5%, face a Junho de 2022. O volume de negócios dos proprietários entrevistados de todos os tipos de restauração cresceu em termos anuais, salientando-se que o volume de negócios dos restaurantes ocidentais (+164,3%), o dos restaurantes chineses (+146,7%) e o dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas (+90,1%) registaram os crescimentos mais notáveis. Quanto ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados ascendeu 80,6%, em termos anuais. Realça--se que o volume de negócios das mercadorias de armazéns e quinquilharias, o dos relógios e joalharia, o dos artigos de couro e o do vestuário para adultos registaram aumentos superiores a 100%, apenas o dos supermercados registou um decréscimo (-14,2%), informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração subiu 2,0%, face a Maio de 2023. Salienta-se que o volume de negócios dos restaurantes chineses aumentou 4,9%, porém, o dos estabelecimentos de comidas e lojas de sopas de fitas e canjas diminuiu ligeiramente 0,7%. Relativamente ao comércio a retalho, observou-se que no mês em análise o volume de negócios dos retalhistas entrevistados baixou 5,5%, em termos mensais. Realça-se que o volume de negócios dos produtos cosméticos e de higiene, o dos relógios e joalharia e o dos automóveis registaram quedas de 16,0%, 12,5% e de 11,7%, respectivamente, todavia, o volume de negócios dos supermercados cresceu 3,0%.
Em relação às expectativas sobre o volume de negócios, 36% dos proprietários entrevistados da restauração projectaram que o volume de negócios para Julho do corrente ano crescesse em termos mensais, destacando-se que as proporções dos proprietários dos restaurantes chineses e dos proprietários dos restaurantes japoneses e coreanos foram ambas de 41%. Por seu turno, 19% dos proprietários da restauração anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Julho. Relativamente ao comércio a retalho, 31% dos retalhistas entrevistados previram que o volume de negócios para Julho crescesse em termos mensais, realçando-se que as proporções dos retalhistas de artigos de couro e dos retalhistas de produtos cosméticos e de higiene foram de 60% e 36%, respectivamente. Além disso, cerca de 24% dos retalhistas entrevistados anteviram decréscimos mensais no volume de negócios para Julho, realçando-se que a proporção dos vendedores de automóveis atingiu 73%.
Quanto ao índice de perspectivas de negócios, que reflecte a previsão dos proprietários e retalhistas entrevistados sobre a tendência da variação mensal do volume de negócios, verificou-se que o do ramo de actividade económica da restauração (58,1) e o do ramo do comércio a retalho (53,5) foram ambos superiores a 50, isto é, tanto a generalidade dos proprietários entrevistados da restauração como a dos retalhistas entrevistados anteviram que o desempenho dos negócios para Julho seria melhor do que o do mês em análise.
Os destinatários entrevistados do “Inquérito de Conjuntura à Restauração e ao Comércio a Retalho” foram 229 amostras do ramo de actividade económica da restauração e 161 do ramo do comércio a retalho, correspondentes a cerca de 53,5% e 70,6% das respectivas receitas dos ramos em 2019. Os resultados do inquérito não foram obtidos pela inferência global. O desempenho dos negócios do mês em análise é reflectido através da variação entre o volume de negócios global do mês em análise, dado pelos comerciantes da amostra do inquérito, e o volume de negócios do mês de comparação, dado pelos mesmos comerciantes. O valor do “índice de perspectivas de negócios” varia entre 0 e 100. Se o valor do índice for superior a 50, significa que a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria melhor face ao mês de comparação. Se o valor do índice for inferior a 50, a expectativa dos negócios do ramo para o mês seguinte seria mais fraca.