De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente aos 1.º, 2.º e 3.º trimestres de 2022, a duração média mensal da carteira de encomendas dos empresários industriais inquiridos foi de 4,1 meses, 3,1 meses e 4,1 meses, respectivamente.
No 3.º trimestre, a carteira de encomendas detida pelos sectores de “equipamentos electrónicos/eléctricos” (ocupou o primeiro lugar), “produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções” e “outros produtos não têxteis” foi de 6,5, 4,5, 4,5 e 1,8 meses, respectivamente.
No que toca ao mercado das exportações, no 1.º trimestre, a performance do mercado dos Estados Unidos da América foi relativamente melhor; no 2.º trimestre, o mercado de destino com performance relativamente melhor foi a União Europeia; da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as variações apresentadas pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia no 3.º trimestre, foram -15,7% e -2,3%, respectivamente, enquanto, a performance do mercado de outros países da região Ásia-Pacífico (não incluindo Interior da China, Hong Kong e Japão), foi relativamente menos favorável, cifrou-se em -19,5%.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, segundo os dados do 3.º trimestre, os empresários inquiridos que anteciparam uma perspectiva optimista foram de 20,5% no trimestre em análise, representando uma subida de 2,6 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2022. As empresas que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 20,2%, e 0,3% apontaram para um “aumento acentuado”. De entre estas, 57,6% anteciparam uma evolução menos favorável, subindo 24,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. As empresas que previram “ligeiro decréscimo” foram de 10,2%, e 47,4% apontaram para um “forte declínio”. E 21,9% das empresas inquiridas previram uma situação “semelhante”, representando uma descida de 27,4 pontos percentuais, em comparação com o 2.º trimestre (49,3%).
No tocante ao mercado de emprego, no 3.º trimestre, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma subida de 1,0%, correspondendo uma descida de 4% em comparação com o período homólogo do ano passado. Dos dados obtidos nos passados três trimestres, mais de 50% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, em que mais de 80% dos empresários inquiridos dos sectores de “produtos farmacêuticos” e de “equipamentos electrónicos/ eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que revelou que a procura de mão-de-obra nestes sectores é relativamente forte.
Dos problemas que afectam as actividades de exportação, as respostas dadas nos últimos três trimestres consecutivos mostraram que “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, “insuficiência de trabalhadores” e “preços elevados das matérias-primas” são os maiores problemas que estavam a encarar. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, no 3.º trimestre, as empresas inquiridas preocuparam-se principalmente com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, “insuficiente volume de encomendas” e os “preços elevados das matérias-primas”.