Nos últimos dias, a Polícia Judiciária recebeu várias queixas de pessoas que diziam que tinham recebido chamadas telefónicas em que alguém alegava ser funcionário de um certo serviço público, de uma empresa de telecomunicações ou ser atendente de uma empresa de software de telemóvel mas que, por suspeitarem da chamada, desligaram imediatamente e fizeram queixa. A PJ divulga os respectivos modus operandi e alerta a população para tomar precauções contra burlas:
1. Modus operandi da burla “fazer-se passar por funcionário de serviços públicos”
Os burlões alegam ser um funcionário dos “serviços de saúde” ou “serviços de segurança pública da China continental” e fazem afirmações, entre outras, que a vítima tem uma trajectória comum com uma pessoa confirmada da COVID-19, está numa região da China continental afectada pela epidemia e onde fez a leitura do “Código QR para os estabelecimentos”, está envolvida em ilegalidades, suspeita-se de haver fuga ou furto de dados pessoais. Sob os pretextos acima referidos pedem à vítima que forneça dados pessoais para efeitos de verificação, ou que façam o download de um software de comunicação de telemóvel para fazer uma vídeo- chamada.
2. Modus operandi da burla “fazer-se passar por funcionário de empresa de telecomunicações”
Os burlões alegam ser um funcionário de uma empresa de telecomunicações dizendo que existe anomalia na conta do telemóvel da vítima à qual pedem que forneça dados pessoais para descobrir o que se passa.
3. Modus operandi da burla “fazer-se passar por atendente de uma empresa de software de comunicação de telemóvel”
Os burlões alegam ser um atendente de uma empresa de software de telemóvel, acusando a vítima de ter aberto uma conta de software de telemóvel na China continental e ter praticado ilegalidades, assim a sua conta irá ser suspensa, ou existe anomalia na conta ou suspeita de haver fuga de dados pessoais. Sob os pretextos referidos pedem à vítima que forneça dados pessoais para efeitos de verificação.
Tendo em conta a ocorrência frequente, durante este ano, de burlas telefónicas em que os indivíduos se fazem passar por funcionários de serviços públicos e entidades várias, também como o modus operandi dos burlões é muito variado, a PJ alerta para estarem atentos, especialmente às chamadas desconhecidas e que se deve desconfiar da identidade que desconhecidos declaram. Caso alguém receba uma chamada telefónica deste género, especialmente quando a outra parte solicitar o fornecimento de dados pessoais, como documento de identificação e número de conta bancária, ou a chamada ser transferida imediatamente para outros serviços públicos ou entidades, ou até exigir-se às pessoas a “verificação de capitais” ou que façam transferências de dinheiro, deve-se desligar imediatamente para que os criminosos não tenham acesso aos seus dados pessoais ou que fiquem com o seu dinheiro.
Conselhos para a prevenção:
1. Esteja atento se receber uma chamada telefónica de origem desconhecida e não forneça qualquer dado pessoal que lhe seja solicitado;
2. Desconfie da identidade que desconhecidos declaram e do que dizem, confirme-a através de um meio confiável;
3. Não acredite facilmente na identificação do número de telefone; esta identificação poderá ter sido criada pelo criminoso através de um software para enganar as pessoas levando-as a crer que são telefonemas feitos por entidades prestadoras de serviços;
4. Não lhe faça transferência e remessa bancárias, nem aceite o pedido de fazer o download de APP de origem desconhecida;
5. Partilhe as informações de prevenção da burla com familiares e amigos, sensibilize-os para que estejam atentos e não sejam burlados;
6. Se estiver perante uma situação de burla ou perante qualquer tipo de crime, deve reportar ou pedir ajuda à PJ através da linha aberta para a prevenção de burlas, nº 8800 7777 ou da linha aberta 993.