Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao segundo trimestre de 2022 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do segundo trimestre de 2022 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 53.592 trabalhadores a tempo completo (-2.176, em termos anuais), dos quais 24.093 eram “croupiers”, tendo-se registado uma queda de 550, face ao fim do segundo trimestre de 2021.
Em Junho de 2022 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta cifrou-se em 23.270 Patacas, menos 1,8%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se situou em 19.370 Patacas, menos 2,9%.
No fim do trimestre em análise existiam apenas 19 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, correspondendo a uma descida homóloga de 37.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas 10,5% das vagas requeriam experiência profissional, 78,9% exigiam habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar, 100,0% requeriam o domínio do mandarim e 89,5% o do inglês.
Durante o segundo trimestre de 2022, o número de trabalhadores recrutados foi de 143 e o de trabalhadores que deixaram o emprego correspondeu a 816. A taxa de recrutamento de trabalhadores (0,3%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (1,5%) diminuíram 0,5 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais e a taxa de vagas desceu para um nível próximo de zero. Estes indicadores reflectem que a procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta permaneceu num nível relativamente baixo, devido ao contínuo impacto gerado pela pandemia do novo tipo de coronavírus.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 320.192 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a uma subida de 25,6%, em termos anuais. Realça-se que a maioria dos formandos participou nos cursos de “comércio e gestão” (48,4%), seguindo-se os formandos dos cursos de “serviços” (18,6%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de formandos destes cursos representou 94,4% do total.