Para implementar empenhadamente as estratégias de desenvolvimento impulsionado pela inovação propostas pelo Estado e promover a construção do centro internacional de inovação tecnológica da Grande Baía e do corredor da ciência e tecnologia e da inovação Guangzhou-Shenzhen-Hong Kong-Macau, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) organizou hoje de manhã (dia 22) o “Seminário sobre Intercâmbio e Cooperação Sino-Lusófona na área de Ciência e Tecnologia”.
O Seminário foi organizado pela DSEDT e apoiado pela Direcção dos Serviços de Inovação Científica e Tecnológica de Zhuhai e pela Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, adiante designada por “Zona de Cooperação”, tratando-se de uma série de actividades para promover o intercâmbio e cooperação científica e tecnológica entre a China e os países de língua portuguesa, na sequência do “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para Empresas de Tecnologia do Brasil e de Portugal” organizado no ano passado pela DSEDT, adiante designado por “Concurso”.
Para o seminário foram convidados para proferir discursos temáticos os dirigentes dos serviços competentes da cidade de Zhuhai e da Zona de Cooperação em Hengqin e os responsáveis de dois espaços nacionais de trabalho colaborativo de Macau. Na ocasião, a PricewaterhouseCoopers Limitada analisou o ponto de situação do desenvolvimento da inovação científica e tecnológica de Portugal e do Brasil, e as incubadoras e empresas de inovação científica e tecnológica, ambas lusófonas, também proferiram discursos em linha, trocando impressões em conjunto sobre as formas de implementação eficaz do intercâmbio e cooperação sino-lusófona, em termos científicos e tecnológicos, e as respectivas políticas e medidas complementares.
O Director da DSEDT, Tai Kin Ip, referiu, no seu discurso, que o Estado apoia Macau a aproveitar as vantagens únicas decorrentes do princípio de “Um País, Dois Sistemas” e as profundas relações de cooperação sino-lusófona, impulsionando de forma proactiva o desenvolvimento das altas e novas tecnologias que favoreçam a diversificação adequada da economia de Macau. Além disso, a cooperação sino-lusófona pode integrar-se na conjuntura do desenvolvimento nacional tirando partido das “vantagens próprias de Macau”, reforçando o papel de Macau enquanto elo de ligação na circulação nacional e na dupla circulação nacional e internacional. Por isso, Macau irá valorizar uma maior função na cooperação sino-lusófona, mantendo uma estreita cooperação com a cidade vizinha de Zhuhai e a Zona de Cooperação em Hengqin, no sentido de promover o intercâmbio e cooperação sino-lusófona na área de ciência e tecnologia em todos os aspectos através de um modelo bilateral de “atrair para Macau investimentos e recursos e expandir para o exterior”.
Por outro lado, os participantes do Brasil e de Portugal afirmaram, nos seus discursos em vídeo, que os Países de Língua Portuguesa possuem determinados recursos de inovação científica e tecnológica, destacando-se as oito incubadoras e as vinte empresas de inovação científica e tecnológica, participantes no Concurso que se realizou no ano passado, que mostraram os seus poderes de desenvolvimento em matéria de ciência e tecnologia. Além disso, as empresas brasileiras e portuguesas de inovação científica e tecnológica têm também um grande interesse na exploração de negócios na Grande Baía e até no mercado da China, esperando, assim, que a função de ligação de Macau possa ajudar no acesso ao mercado chinês e, através da cooperação com a China, na elevação das suas técnicas.
No seminário, os representantes de dois espaços nacionais de trabalho colaborativo de Macau, ou seja, o Centro de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Macau e o Centro de Incubação de Negócios para os Jovens de Macau, também partilharam os seus pontos de vista sobre o desenvolvimento do intercâmbio e cooperação científica e tecnológica entre a China e os países de língua portuguesa e os seus apoios disponíveis, enquanto o representante da PricewaterhouseCoopers Limitada apresentou a “Situação actual do desenvolvimento das indústrias emergentes de ciência e tecnologia de Portugal e do Brasil”. Em simultâneo, os especialistas e representantes dos departamentos governamentais relevantes, das instituições de ensino superior e das associações de ciência e tecnologia também fizeram intervenções no seminário.
O seminário teve uma atmosfera calorosa, tendo os participantes exprimido suas ideias e seus pontos de vista sobre os tópicos como o desenvolvimento da ciência e tecnologia em Macau, o intercâmbio e a cooperação sino-lusófona na área de ciência e tecnologia, a construção da Grande Baía como uma base internacional da inovação científica e tecnológica de alto nível. A DSEDT espera que, através do seminário, intensifique a cooperação e intercâmbio sino-lusófono na área de ciência e tecnologia, bem como ajude a construção do Centro Internacional de Inovação Científica e Tecnológica na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.