O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), e chefe da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, Ho Iat Seng, que se encontra em missão oficial em Pequim, teve, hoje (23 de Dezembro), um encontro com o governador do Banco Popular da China, Yi Gang. Na ocasião, trocaram impressões sobre o reforço da cooperação entre Macau e Interior da China na área financeira, em especial na indústria financeira moderna na «Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin» (vulgo Zona de Cooperação).

No encontro, o Chefe do Executivo começou por agradecer o apoio que o Banco Popular da China disponibilizou, neste último ano, ao Governo da RAEM e à Zona de Cooperação Aprofundada. Apontou que, desde que o «Projecto Geral de Construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin» foi anunciado pelo poder central, em Setembro, o Governo da RAEM manteve-se sempre em comunicação com o Comité Provincial de Guangdong do Partido Comunista Chinês (PCC) e o governo provincial de Guangdong, a fim de aprofundar a vertente de desenvolvimento da Zona de Cooperação.

O mesmo responsável referiu ainda que o Presidente Xi Jinping sublinhou já várias vezes a importância da diversificação adequada da economia de Macau, indicando, ao mesmo tempo, que o desenvolvimento e sustentabilidade da Zona de Cooperação têm bastante relevância para a RAEM. O objectivo inicial do desenvolvimento da Zona de Cooperação foi justamente o auxílio a Macau no caminho para a sua diversificação económica adequada. Assim, o Chefe do Executivo recordou que, no início deste mês, foram já assinados 12 projectos essenciais, incluindo indústrias de circuitos integrados, big health e finança moderna.  

O líder do Governo da RAEM realçou igualmente que a natureza da Zona de Cooperação Aprofundada difere das outras zonas piloto, por envolver uma articulação entre dois sistemas. O Projecto Geral apresenta claramente a criação com Macau de um novo sistema de integração de alto nível de abertura, bem como o desenvolvimento da indústria financeira moderna e da inovação na gestão financeira transfronteiriça. Além disso, é primordial a promoção de um alto nível de liberalização do mercado financeiro na Zona de Cooperação e devem ser elaboradas regras jurídicas em matéria civil e comercial, articuladas com Macau e alinhadas com os critérios internacionais. Neste contexto, o mesmo responsável espera que se possam explorar novas vertentes com o Banco Popular da China, no âmbito das políticas financeiras e cambiais, de forma a proceder-se bem aos trabalhos de desenvolvimento de Hengqin (Ilha da Montanha).

Por sua vez, Yi Gang considerou bastante positiva a situação geral de desenvolvimento de Macau, desde o seu retorno à pátria, destacando a estabilidade social e a economia harmoniosa, dentro da qual as indústrias financeira, de serviços e transformadoras alcançam um desenvolvimento cada vez melhor. O responsável afirmou ainda que Macau tem um grande potencial de crescimento.

No que diz respeito ao desenvolvimento da indústria financeira moderna e da inovação na gestão financeira transfronteiriça, o governador do Banco Popular da China reiterou a disponibilidade da instituição bancária para analisar essa matéria com as várias partes e ainda reforçar os estudos ao nível da sua aplicação jurídica, concretizando, deste modo, as políticas relativas ao apoio à província de Guangdong e a Macau na exploração de Hengqin, o que cria mais espaço para a diversificação adequada da economia da RAEM, com a injecção de uma nova dinâmica.

Já o vice-governador da província de Guangdong e subchefe da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação, Zhang Xin, que participou também no encontro, fez uma breve apresentação sobre o ponto de situação dos trabalhos de construção na Zona de Cooperação, assim como das perspectivas de desenvolvimento da indústria financeira moderna no local.