O 20.º Festival Fringe da Cidade de Macau, organizado pelo Instituto Cultural, terminou com êxito no dia 31 de Janeiro. A percentagem de emissão de bilhetes atingiu os 99%. O Festival Fringe apresentou um total de 18 programas extraordinários, 385 actuações e 16 actividades de extensão, que receberam uma resposta entusiástica do público. Esta edição do Festival Fringe levou o público a deambular pelas ruas e becos de Macau, transformando todos em artistas, estimulando o seu talento artístico e proporcionando actuações criativas que tomaram conta da cidade.
A série “Crème de la Fringe” do Festival Fringe deste ano incentivou grupos artísticos a organizarem um “mini-festival”, evidenciando as características e os elementos culturais da cidade a partir de diferentes perspectivas. “On Site” deslocou-se para cantos urbanos familiares, apresentando a arte da dança contemporânea de perto e atraindo os transeuntes; “Todos Fest!” apresentou três espectáculos por bailarinos locais, idosos e pessoas com deficiências mentais e físicas, expressando diferentes momentos das suas vidas através da dança. A crítica de um jornal referiu que no espectáculo A Tarefa Interminável do Momento, “podemos ver que o encenador deu aos actores espaço para se expressarem em palco e o público gostou e ficou agradavelmente surpreendido”.
Além disso, muitos programas e acções artísticas penetraram na comunidade, incentivaram o público em geral a participar no evento, reflectindo o conceito “Todos ao redor da Cidade, os nossos palcos, os nossos espectadores, os nossos artistas”: o Festival Fringe deste ano apresentou a exposição participativa “Exposição de Arte para Todos”, que proporcionou ao público um espaço para este mostrar à comunidade a sua criatividade e talento. O público participou activamente na exposição, tendo sido recebidos 164 trabalhos e tendo a exposição sido visitada por 4500 pessoas; o programa F’art for U apresentou actuações artísticas e entrega de refeições ao público, cujo novo formato foi bem recebido e as encomendas com hora marcada esgotaram em minutos; nesta edição, Stephen Chow, O Enigma da Atriz, Uma Luta de Cavalheiros com Trocadilhos e Chá e Exercícios Inspirados no Trabalho – Versão para o Mercado de Macau levaram espectáculos criativos a bares, casas de chá e mercados, difundindo uma atmosfera artística pelos bairros comunitários e constituindo um ponto de partida para o público encontrar a arte. A fim de promover a popularização da educação artística, o Festival Fringe apresentou sessões escolares de programas especiais, permitindo que os alunos encontrassem e apreciassem pessoalmente a arte do teatro, incentivando o cuidado pelos menos favorecidos através da arte e considerando o respeito pela diversidade, igualdade e inclusão. A presente edição do Festival Fringe foi calorosamente apoiada pelo público, tendo obtido resultados muito positivos em todas as actuações e a maioria dos bilhetes esgotado rapidamente após serem colocados à venda.
As actividades de extensão foram igualmente empolgantes: “A Dança Simbiótica é baseada na Possibilidade de ser Dançavel” pelo coreógrafo de Hong Kong yuenjie MARU, permitiu a pessoas com diferentes condições físicas explorarem e desenvolverem o seu potencial de dança; o workshop “On Site - Prática Corporal”, orientado pelos dançarinos do Interior da China, Yang Bixi e Su Zhihao, permitiu aos participantes explorarem mais possibilidades dos seus corpos; a “Exposição de Marionetas de Resíduos Marinhos” apresentou as fontes dos resíduos marinhos e como os resíduos estão a ameaçar a sobrevivência das espécies marinhas. O Festival Fringe deste ano apresentou o encontro online “Webconferência: Ligue-se aos Representantes dos Festivais”, que mostrou como a tecnologia quebra as barreiras e constroi um mundo artístico mais amplo para o público. Um grupo de oradores influentes partilharam online as suas experiências de curadoria de um festival e exploraram a relação entre arte, cidade, vida e emoção.
A realização bem-sucedida do Festival Fringe da Cidade de Macau depende do apoio dos profissionais de arte, residentes, instituições e espaços comerciais e, futuramente, o IC continuará a promover a diversificação e inovação das actuações culturais, rompendo molduras tradicionais, construindo plataformas para os profissionais de arte expandirem o seu espaço de desenvolvimento.