O Conselho para as Indústrias Culturais (CIC) realizou, no dia 7 de Abril, uma reunião plenária, presidida pela Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura e presidente do CIC, Dra. Ao Ieong U, auscultando as opiniões dos membros sobre as linhas de acção governativa na área cultural e criativa.
A Sra. Secretária, Dra. Ao Ieong U manifestou que, em articulação com os trabalhos do Governo da RAEM sobre a restruturação das funções da administração pública, será iniciado o processo de integração do Fundo das Indústrias Culturais (FIC) no Fundo de Cultura. Após o ajustamento estrutural, as funções do FIC serão integradas no Instituto Cultural (IC). Desde a ocorrência da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, o IC e o FIC têm vindo a acompanhar a situação das indústrias culturais e criativas de Macau, mantendo uma comunicação estreita com o sector e lançando medidas e programas de apoio. A Secretária Dra. Ao Ieong U apela as empresas e instituições de Macau para, com a aquisição de produtos e serviços culturais e criativos, apoiarem as indústrias a enfrentarem conjuntamente as situações difíceis.
Na reunião, o IC e o FIC apresentaram, respectivamente, os trabalhos de promoção da criatividade cultural e trabalhos preparatórios de combate à epidemia. No corrente ano, o IC irá lançar uma série de programas de subsídios, nomeadamente, criação de amostras de design de moda, produção cinematográfica de longas-metragens e produção de álbuns de canções originais. Devido ao impacto causado pela situação epidémica, o IC cancelou a “Feira de Artesanato do Tap Siac ” em Primavera e ampliou o período de execução da “ Série de Programas de Subsídios para as Indústrias Culturais e Criativas”. A fim de implementar as orientações do Governo da RAEM sobre “Trabalho Sim, Caridade Não”, o IC irá lançar o “Ensino Online do Artesanato Criativo”, bem como o lançamento sobre a aprendizagem online, a apresentação online de obras e de espectáculos, entre outros.
No ano de 2019, o FIC apoiou 131 projectos, através de candidaturas regulares e programas específicos, com o valor total de apoio financeiro de 155 milhões de patacas. Devido ao impacto causado pela situação epidémica, o FIC irá adoptar medida, para 75 projectos de empresas culturais e criativas, a prorrogação de prazo de reembolso de um ano, envolvendo o reembolso de 36 milhões de patacas; as empresas beneficiárias podem requerer a prorrogação de prazo de reembolso, a atribuição antecipada da verba de pagamento ou a mobilização de fins de apoio financeiro etc,. Ao mesmo tempo, serão lançados vários programas específicos de apoio financeiro, incluindo, turismo cultural, criatividade nos bairros comunitários, promoção de exposições e espectáculos culturais nos mercados da Grande Baía e do exterior, de modo a apoiar a explosão de mercado das empresas após o surto.
Vários membros expressaram preocupação sobre o impacto causado pela epidemia no sector cultural e criativo, recomendando o Governo da RAEM a prestar atenção no turismo cultural, com o objectivo de impulsionar o turismo comunitário com elementos culturais e criativos e revitalizar os bairros comunitários; expandir o programa de vales electrónicas de consumo até a área do turismo cultural, aumentar recursos no investimento da construção de plataformas online, permitindo a emissão online de dramas, filmes e televisão, exposições e espectáculos, bem como, exibição de obras artísticas, entre outros. Também houve opinião a recomendar aumentar espaços de exposições da criatividade cultural e arte nos bairros comunitários, especialmente na aceleração da reorganização do Pátio da Eterna Felicidade.
No que se diz respeito à formação de quadros qualificados, recomendou-se o Governo para reforçar programas de apoio financeiro e subsídios ao sector cultural e criativa, nomeadamente, formação de técnicas e apoio ao desenvolvimento industrial; incentivar a filmagem de curta-metragem como uma formação por graus para talentos cinematográficos e apoiar a filmagem de curta-metragem sobre a promoção de Macau; introduzir a função de fundo para a criação de negócios, convidando empresários ou especialistas na área de negócios, a fim de fornecer aconselhamento a indústrias jovens, sobre a actualização industrial em nível de negócios e tecnologia; auxiliar empresas culturais e criativas a realizarem serviços intermediários de exposições e espectáculos culturais, no intuito de ajudar grupos artísticos a integrar programação de espectáculos, apresentando ainda projectos de cooperação às instituições de jogos sobre os espaços de exposições e espectáculos. Em termos de publicidade e promoção, é recomendável utilizar indústrias emergentes, como influenciadores da Internet, para vendas de produtos culturais e criativos, por meio de forma online, offline e lojas físicas.
A Secretária Dra. Ao Ieong U agradeceu a participação activa dos membros na apresentação de opiniões e sugestões, sendo as sugestões viáveis de referência importante para as acções governativas futuras. Acrescentou ainda que, o Governo da RAEM está a ponderar como integrar os recursos das zonas antigas, aperfeiçoar as zonas turísticas, introduzir exposições e espectáculos culturais nas comunidades, divulgar com meios tecnológicos e promover a gastronomia como lembranças. Além disso, o IC pretenderá construir uma plataforma online, para fornecer canais de exposição online aos sectores da criatividade cultural e arte, apoiando a promoção da imagem de Macau como cidade da criatividade cultural.
O IC apresentou as medidas online, como a mudança necessária para a apresentação de exposições e espectáculos culturais online, esperando o sector realizar espectáculos online, na forma de transmissão ao vivo ou de gravação, bem como a criação da plataforma de artesanato online. Ao mesmo tempo, a dispensa da renda no Centro Cultural será até Março do próximo ano. Após a integração do FIC no IC, as indústrias culturais irão acelerar o processo de industrialização com um método de “com base em negócios, complementados pela cultura para o desenvolvimento”.
Concluindo, a Secretária Dra. Ao Ieong U manifestou a esperança de promover o desenvolvimento cultural e criativo de Macau, em conjunto com as indústrias culturais e criativas, através das políticas e dos esforços sectoriais, criando assim as marcas de Macau.
A reunião contou com a intervenção dos seguintes membros: Casimiro de Jesus Pinto, Wong Ying Wai, Tang Kuan Meng José, Ho Ka Lon Francisco, Lei Chin Pang, Lei Cheok Kuan, Ng Wai Kuan, Chen Chih Ling Linda, Chan Chi Vai, Au Stanley Chong Kit e Pedro Ip.