De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2019, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelas empresas inquiridas no trimestre em análise foi de 2,8 meses, ligeiramente superiores aos 2,7 meses registados no trimestre anterior.
A carteira de encomendas dos sectores de “produtos farmacêuticos”, de “vestuário e confecções” e de “equipamentos electrónicos/eléctricos”, bem como de “outros sectores” foi de 4,3, 3,5, 2,5 e 2,3 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que os EUA e a União Europeia são os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 16,8% e 14,9%, respectivamente.
No que respeita às perspectivas de exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que antecipam uma perspectiva optimista desceram para 10,1% no trimestre em análise, representando um decréscimo de 15,6 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2019 (25,7%) e um acréscimo ligeiro de 1,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (8,5%). Destas referidas, apenas 0,1% previram um “aumento acentuado” e 10% um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que antecipam uma evolução menos favorável foram de 15,2%, aumentando 5,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior mas diminuindo 18,1 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 9,1% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 6,1% para um “forte declínio”. As empresas que prevêem uma situação “semelhante” subiram de 64,5% no trimestre anterior para 74,7% no trimestre em análise, correspondendo a uma subida de 10,2 pontos percentuais. Estes dados demonstraram que os empresários industriais inquiridos estão influenciados pelo abrandamento do crescimento económico mundial e pela continuação do conflito comercial entre a China e os EUA, portanto tomam uma atitude prudente e expectante em relação às perspectivas de exportações.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma ligeira redução de 1% face ao trimestre anterior e uma subida de 2,6% em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 57,3% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (49,2%) e no idêntico período do ano passado (56,4%). Além disso, 78,7% das empresas inquiridas do sector de “produtos farmacêuticos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que significa que a procura de mão-de-obra neste sector é relativamente forte.
De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 25,1% das empresas exportadoras consideraram a “insuficiência de trabalhadores” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 9,3% apontaram para “insuficiente volume de encomendas”, 1,6% para “preços elevados das matérias-primas” e 0,1% para “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.
Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 33,6% preocupam-se principalmente com a “insuficiência de trabalhadores”, 21,8% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, 17,5% com os “preços elevados das matérias-primas” e 8,1% com o “insuficiente volume de encomendas”.