Realizou-se, hoje (12 de Abril), o “Dia de Cooperação Empresarial Verde” do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2018 (MIECF, na sigla inglesa). Esta actividade incluiu duas partes, nomeadamente o “Fórum Verde” e uma cerimónia de assinatura de protocolos. Cerca de 470 pessoas participaram no “Fórum Verde”. Além disso, foram assinados 29 protocolos no primeiro dia do MIECF 2018.
O “Fórum Verde” contou com duas sessões: a primeira sessão com o tema “Economia Verde – Turismo Sustentável”, sendo a segunda sessão subordinada ao tema “Novo Modelo na Indústria de MICE sob o Modelo de Cidades Sustentáveis”. Estas sessões não só permitiram discutir como as indústrias do turismo e MICE – como outros sectores relacionados, como hotelaria, restauração e transportes – como também podem fazer uso de tecnologias e modelos de gestão verdes para optimizar as respectivas operações e explorar novas oportunidades de negócio.
O moderador da primeira sessão, subordinada ao tema “Economia Verde – Turismo Sustentável”, ficou a cargo do presidente fundador da Associação para a Protecção Ambiental Industrial de Macau, António Trindade. Fizeram parte do painel: o director-geral do grupo Banyan Tree Hotels & Resorts, Des Pugson; o director executivo para a Grande China da SUEZ Water Technologies & Solutions, Tim Huang; o vice-presidente da Associação da Indústria Ambiental de Hong Kong e director para o Desenvolvimento de Negócios da Dunwell Enviro-Tech (Holdings) Ltd., Victor C. Li; o representante de vendas para Macau e Hong Kong da BYD Asia Pacific, Brian Jia; e o gerente-geral da Divisão de Tecnologia Informática da Macau Newland Technology Co., Ltd, He Hanbing.
Durante o debate, os oradores reconheceram que, embora a indústria do turismo contribua para o desenvolvimento económico, também consome bastantes recursos energéticos e produz uma elevada quantidade de gases causadores de efeito de estufa. Nesse sentido, salientaram os responsáveis, é necessário implementar tecnologias e mecanismos que minimizem o impacto ambiental do sector, como a integração de elementos arquitectónicos com o meio ambiente na construção de hotéis, a promoção da utilização de produtos locais na restauração, a reciclagem de água, a utilização de veículos eléctricos e o uso de mega-dados para a gestão do fluxo de pessoas junto de atracções turísticas. Estas medidas podem contribuir para proteger o meio ambiente, mas também para proporcionar uma melhor oferta onde os visitantes podem beneficiar de uma experiência mais rica, em contacto com a natureza e a cultura local, promovendo, deste modo, um turismo responsável e sustentável.
A segunda sessão, subordinada ao tema “Novo Modelo na Indústria de MICE sob o Modelo de Cidades Sustentáveis”, teve como moderador o presidente da Associação de Comércio e Exposições de Macau, Tony Lam. O painel de oradores incluiu: o vice-Director da Divisão de Promoção da Indústria das Convenções e Exposições do Centro de Promoção das Indústrias de Circulação do Ministério do Comércio, Zhang Zhe; a directora executiva da Associação Singapurense de Organizadores e Fornecedores de Convenções e Exposições (SACEOS, na sigla inglesa), Shirlena Soh; o gerente regional da Associação Global da Indústria de Exposições (UFI) na Ásia-Pacífico, Mark Cochrane; o director-geral para a Sustentabilidade da Sands China Ltd, Rishi Tirupari; e o vice-director da Escola de Energia e Ambiente da Universidade da Cidade de Hong Kong e director do Ability R&D Energy Research Centre (AERC, na sigla inglesa), Prof. Michael K. H. Leung.
Ao discutir temas relacionados com a indústria MICE, os participantes partilharam experiências sobre a promoção de exposições ecológicas em diferentes partes do mundo, referindo que existem sistemas distintos de certificação e padrões diferentes para a indústria em diferentes jurisdições, o que permite levar a cabo diversos modelos. Por exemplo, é possível pôr em prática várias medidas ecológicas em diferentes áreas, como armazenamento e reciclagem de materiais de construção, redução do desperdício de comida, redução das distâncias entre os locais de acomodação dos participantes e os centros de exposições, redução do uso de papel, bem como a aplicação de tecnologias ambientais e design ecológico na produção de expositores, para economizar no uso de energia e outros recursos e assim promover o estabelecimento de exposições com estas características.
Foram assinados no total 29 acordos durante a cerimónia de assinatura de protocolos, envolvendo cooperação entre governos e associações empresariais, bem como entre empresas. Os protocolos abrangeram áreas como: cooperação no âmbito do Programa de Redução da Emissão de Gases em Exposições e Convenções Verdes; projectos de turismo ecológico; criação de centros de consultadoria para serviços de certificação; promoção de turismo e estilos de vida ecológico; design e produção de embalagens ecológicas; sistemas de monitorização de poluição através do uso de drones; desenvolvimento de redes inteligentes de logística; investigação sobre produtos amigos do ambiente; cooperação entre agências de desenvolvimento; entre outros. Os protocolos envolveram entidades da China interior, Áustria, Malásia, Taiwan, Hong Kong e Macau, além de outros países e regiões. Paralelamente, foram realizadas 124 sessões de negociação no âmbito das “Bolsas de Contacto Verdes”.