Os Serviços de Saúde realizaram, entre os dias 13 e 30 de Junho, a primeira pesquisa de fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios e nos lugares públicos dos edificios de Macau. Os resultados obtidos, revelam que a situação de proliferação de vectores de febre de dengue nos domicilios e nos lugares públicos dos edificios não é grave, contudo o indíce do ovitrampa foi elevado.
Além de investigar a situação de proliferação dos mosquitos nos domicílios, foi ainda avaliada a situação de proliferação dos mosquitos nos lugares públicos dos edificios. Durante esta pesquisa, foram investigados 350 domicilios, 45 edificios e conjuntos habitacionais. A pesquisa nos domicilios visou a medição de três indicadores que demonstram o risco de propagação da Febre de Dengue, nomeadamente, o Indíce de Habitação, o Indíce Bretaeu e o Indíce de Recipiente. A pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos lugares públicos nos edificios visou a medição dos indicadores que mostram o risco de propagação da Febre de Dengue nos lugares públicos dos edificios: o Indíce de Bretaeu do edificio e o Indíce de Recipiente. Durante as pesquisas, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também deram indicações aos ocupantes dos domicilios e aos guardas de segurança dos edifiicios, de como efectuar a identificação das fontes de reprodução dos mosquitos e como proceder à sua eliminação, a fim de se prevenir a propagação da Febre de Dengue.
Relativamente à pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos domicilios, o Indíce Bretaeu refere-se à proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em relação ao número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o Indíce, maior é a possibilidade da prevalência da Febre de Dengue. Conforme esta pesquisa, o valor médio deste Indíce em Macau é 1,4. O valor mais alto obtido ocorreu na área do Porto Interior 4,2, seguido do valor obtido na área do Tap Seac 3.1. O Indíce de Habitação refere-se ao número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, em cada 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Indíce de Habitação em Macau é 1,4%. O valor mais elevado foi também registado na área do Porto Interior 4,2%, seguido do valor obtido na área do Tap Seac 3,1%, respectivamente. O Indíce de Recipiente refere-se ao número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste Indíce em Macau é de 0,9%. O valor alto foi obtido na área do Porto Interior 5,6%, e o segundo valor mais elevado foi encontrado na área da Areia Preta 1,8% (Quadro I e Quadro II). Relativamente ao tipo de recipientes nos domicílios, segundo a pesquisa, verificou-se que as jarras para plantas ainda são as fontes principais de proliferação de mosquitos nos domicílios.
Relativamente à pesquisa sobre a proliferação de mosquitos nos lugares públicos nos edificios, o Indíce Bretaeu do refere a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em relação ao número de habitação de uma fracção autónoma do edificio para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o Indíce, maior é a possibilidade da prevalência da Febre de Dengue. Conforme esta pesquisa, o valor médio deste Indíce em Macau é 2,3. O valor mais elevado foi obtido na área das Ilhas 4,0, seguido do valor obtido na área da Areia Preta 3,6. O Indíce de Habitação é o número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, dos lugares públicos dos edificios por cada 100 (cem) recipientes. De acordo com a investigação, o valor médio do Indíce de Habitação em Macau é 3,1%,. O valor mais alto foi registado na área do Porto Interior 33,3%, seguido do valor obtido na área das Ilhas 7,7% (Quadro III e Quadro IV), respectivamente. Relativamente ao tipo de recipientes nos lugares públicos dos edificios, segundo a pesquisa, verificou-se que as jarras para plantas, as bases dos vasos, os pneus abandonados e baldes para reserva da água ainda são as fontes principais de proliferação de mosquitos nos domicílios.
A presente pesquisa evindencia que a situação quanto à proliferação da Febre de Dengue nos domicilios e nos lugares públicos dos edificios em Macau não é grave, contudo contudo o indíce do ovitrampa foi elevada, e contando com o aumento do número de viagens ao exterior, durante o período de férias de Verão, e já que a situação epidemiológica das regiões vizinhas é grave, os Serviços de Saúde reforçam os apelos para que todos os cidadãos devem prestar a máxima atenção à prevenção, à higiene ambiental, não devem descurar o trabalho de eliminação dos locais quer dentro e fora dos domicilios e as zonas periféricas que sejam eventuais fontes de proliferação, em especial as águas estagnadas contidas nas jarras para plantas, nas bases dos vasos, nos pneus abandonados e nos baldes para reserva da água. Todos estes recipientes devem ser periodicamente limpos, pelo menos uma vez por semana e os recipientes de reserva de água devem ser bem cobertos para evitar que os mosquitos depositem ovos. Já durante as viagens todas as pessoas devem prestar atenção à protecção contra mosquitos de modo a evitar ser picado. Em caso de aparecerem sintomas de febre e erupção cutânea, logo após o regresso a Macau, devem recorrer à consulta médica e adoptar as medidas anti-mosquitos, evitando o adiamento do tratamento da doença e assim a sua consequente propagação. A pesquisa de fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios e nos lugares públicos dos edificios de Macau foi apoiada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos