O Departamento de Saúde da Arábia Saudita confirmou o aparecimento de mais três (3) casos de infecção pelo novo tipo de coronavírus (coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov) em Omã e Arábia Saudita.
De acordo com as informações divulgadas, o primeiro caso em Omã foi identificado num senhor com 32 anos de idade, residente da cidade de Ad Dakhelyia, portador de diversas doenças. No dia 27 de Dezembro de 2014, o paciente apresentou sintomas e foi internado no dia 5 de Janeiro para tratamento, tendo falecido no dia 7 de Janeiro. O doente é proprietário de uma quinta, tendo tido contacto com animais em particular com camelos e carneiros; o segundo caso foi identificado numa senhora com 31 anos de idade, residente da cidade de Ad Dakhelyia, que é o familiar do doente identificado em Omã. Neste caso a paciente apresentou sintomas no dia 8 e foi internada em 9 de Janeiro, encontrando-se em estado estável. A doente tinha cuidado do primeiro doente antes da apresentação dos sintomas.
Por sua vez, o terceiro caso foi detectado na Arábia Saudita, recaindo num senhor com 62 anos de idade, residente da cidade de Riyadh. Este indivíduo é portador de diversas doenças, encontrando-se em estado estável.
Estas situações reforçam a necessidade para um alerta redobrado que os Serviços de Saúde de Macau têm promovido junto dos trabalhadores de saúde da primeira linha para se manterem em alerta e, um reforço de enorme cuidado a ter pelos cidadãos, que devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar quando viajarem para o exterior de Macau, evitando contactos com os animais, deslocação aos hospitais locais e contactos com os doentes locais.
Até ao passado dia 16 de Janeiro, a Organização Mundial de Saúde registou, em todo o mundo, 950 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 350 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e o Irão. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América, Holanda, Argélia e Áustria e Turquia, todos estes casos, têm relação directa ou indirecta com os países do Médio Oriente.
No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos.
Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção, pela primeira vez, da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia.
Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês :http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português :http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.º 2870 0800.