De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2014, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas foi de 2,36 meses, representando um decréscimo de 24,6% em relação ao trimestre anterior (3,13meses), mas um aumento de 13,5% em relação ao período homólogo do ano passado (2,08 meses).

A carteira de encomendas dos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores”, “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” e “Outros Produtos Têxteis” foi de 5,21, 2,1, 1,85, 1,75 e 0,49 meses, respectivamente.

No que se refere às perspectivas das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, na opinião dos inquiridos, as empresas consideram que Hong Kong, Interior da China e outros países da Ásia-Pacífico são os mercados que apresentam perspectivas mais favoráveis para as exportações de Macau, apresentando índices na ordem dos 28,3, 19,4 e 6,6. Entretanto, o mercado do Japão tem sido o pior devido a fraca carteira de encomendas.

No contexto das perspectivas da evolução das exportações para os próximos seis meses, o conjunto das empresas que anteciparam perspectivas favoráveis, diminuiu para 20,6%, menos 2,7 e 7,5 pontos percentuais, comparativamente ao trimestre anterior (23,3%) e no mesmo trimestre de 2013 (28,1%). Entre as empresas inquiridas, 0,7% previam um forte aumento e 19,9% um ligeiro crescimento das exportações. As empresas que antecipam uma situação menos favorável (19,4%), correspondem a um incremento de 4,8 e a uma descida de 8,4 pontos percentuais, comparando com o trimestre anterior (14,6%) e com o idêntico trimestre de 2013 (27,8%).

Entre as empresas em questão, 8,9% apontam para um ligeiro decréscimo e 10,5% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante diminuíram de 62,1% no trimestre anterior, para 60% no trimestre em apreciação (descida de 2,1 pontos percentuais). Estes dados revelam que as empresas prevêem o futuro com alguma precaução.

No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicam que o número de trabalhadores diminuiu 0,3% e 5,9% comparativamente ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2013. Destas, 66,6% afirmam terem enfrentado falta de trabalhadores, nível ligeiramente superior (61,8% e 61,6%) verificados no trimestre anterior e no mesmo trimestre de 2013, o que reflecte falta de trabalhadores na indústria transformadora, destacando-se o sector de “Produtos Farmacêuticos” (86%), o que reflecte a necessidade de pessoal sentida neste sector.

Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 28,8% das empresas consideram a “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema, enquanto que 11,6% referem os “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 11,3% o “Insuficiente Volume de Encomendas”; 1,9% indicam os “Salários Elevados” e 1,1% os “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”.

Por outro lado, durante o exercício das actividades exportadoras no 2.º trimestre de 2014, as empresas inquiridas que enfrentaram problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 61,8% e 57,6%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” 36,6%, 35,8% e 24,7%.

Para os próximos três meses, 57,4% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 38% com os “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 36,5% com os “Salários Elevados”, e 36,4% com “Insuficiência de Trabalhadores”.