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QUATRO CRIANÇAS INFECTADAS EM CRECHE DE MACAU POR ENTEROVÍRUS

Serviços de Saúde
2014-07-03 22:09
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Quatro (4) crianças, todas com dois (2) anos de idade, foram esta quinta-feira assistidas pelos Serviços de Saúde de Macau após ter sido sido confirmado que estavam infectadas por enterovírus.

Os casos foram registados no Infantário “Sa Lei Tau Fong Chong Toc I Chong Sam” onde dois (2) meninos e duas (2) meninas, apresentaram sintomas relacionados com a infecção por enterovírus.

O estado clínico de todas as crianças infectadas foi considerado pelos profissionais de saúde como “ligeiro” e após a avaliação clínica não foi detectado nenhum sintoma ou indício de que a situação fosse grave.

Os Serviços de Saúde de acordo com os procedimentos estabelecidos procederam, ainda, à recolha de amostras das crianças infectadas de modo a que sejam efectuadas análises laboratoriais e foram, também, reforçadas as indicações sobre o tipo de medidas de controlo da infecção, tais como, limpeza e desinfecção que devem ser realizadas em todos os espaços.

A infecção por enterovírus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovirus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, possuíu habitualmente um pico de ocorrências no Verão, sendo a origem de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Habitualmente este tipo de infecção afecta as crianças com idade inferior a 5 anos, o período de incubação varia de 3 a 7 dias, e é transmitida por meio de contacto directo com os infectados, através de contacto com fezes, gotículas de saliva ou em contacto, com materiais, eventualmente contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins de infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto de doença de mãos, pés e boca, porque este tipo de infecção é altamente contagiosa. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas nas mãos, pés e nádegas, não se manifestando dores nem comichão, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vão desaparecendo gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão dos enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente contêm estes vírus.

Os Serviços de Saúde estão a prestar atenção de forma minuciosa ao desenvolvimento da epidemia deste enterovírus e salientam que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar por si mesmo. Contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços de saúde têm apelado aos pais, alunos, bem como ao pessoal das escolas, creches e lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas:

Medidas pessoais:

 Lavar as mãos: Antes de contactar os olhos, o nariz e a boca com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou outros objectos sujos;

 Cortesia: Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas;

 Diminuir os contactos: Evitar os lugares públicos densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados;

 Aumentar a resistência: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar para aumentar a imunidade;

 Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, recorrer imediatamente a consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves.

Medidas a aplicar pelos estabelecimentos de ensino ou lares :

 Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como, as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro etc.;

 Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem com sintomas de febre e doença da mão, pé e boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas ou ao trabalho;

 Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças ou os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.


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