O Chefe do Executivo, Chui Sai On, afirmou, hoje (23 de Junho), que o IACM já iniciou, com o grupo de especialistas de Sichuan, aos procedimentos necessários para autópsia e tratamento do cadáver do Panda “Xin Xin”.
Ao falar à comunicação social, Chui Sai On disse que o Panda “Xin Xin” foi uma amiga de Macau, cuja morte é bastante sentida por todos. Adiantou que os trabalhos necessários para o apuramento da causa da morte do animal, carecem de tempo, cujo relatório final será divulgado, posteriormente, à comunicação social.
Acrescentou que os especialistas de Sichuan em Macau reconhecem as condições do pavilhão que alberga os pandas, bem como o tratamento adequado desenvolvido pelo pessoal do IACM. Revelou ter sido já entregue um relatório preliminar sobre o caso ao Governo Central. Quando questionado sobre a possibilidade de se pedir um novo panda ao Governo Central, o Chefe do Executivo lembrou que o casal de pandas foi uma oferta aquando do 10º aniversário da RAEM, pelo então presidente Hu Jintao. Chui Sai On disse esperar que, após algum tempo, se possa proceder ao referido pedido, desejo este que acredita ser corroborado por toda a população local.
Relativamente à atenção da comunicação social ao seu estado de saúde e ao próximo acto eleitoral para o Chefe do Executivo, o mesmo responsável agradeceu a preocupação manifestada pelos OCS e população, mas que depois das análises médicas, os resultados demonstraram que se encontra de boa saúde. Garantiu que vai continuar a trabalhar em pleno. Revelou que o seu problema de saúde esteve relacionado com a gota e por ter cumprido, rigorosamente, os conselhos médicos, entre os quais a redução de actividades no exterior, apesar de continuar a deslocar-se ao seu local de trabalho, encontrando-se já recuperado.
Quanto ao processo eleitoral para o Chefe do Executivo, reiterou que o mesmo decorre conforme a «Lei Eleitoral para o Chefe do Executivo» e a Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo, seguindo a calendarização prevista.
Instado a comentar o incidente ocorrido na graduação da Universidade de Macau sobre a liberdade académica e de expressão, Chui sai On referiu que a Universidade possui regulamento próprio e tem autonomia para definir o sistema de ensino, nomeação de pessoal e de gestão. Recordou que desde o estabelecimento da RAEM o governo tem contribuído com políticas e recursos para a Universidade de Macau, no sentido de esta desempenhar com autonomia o seu papel no ensino e acredita que a mesma trata os seus assuntos de acordo com o respectivo regulamento e estatuto. Frisou que o governo respeita a liberdade académica e de expressão e que não existe “área académica proibida”. Afirmou ter ouvido sempre a opinião dos peritos e académicos.
Diss estar convicto de que Macau é uma sociedade harmoniosa, que tem por base várias gerações. Acrescentou que, caso se verifique falhas a nível do executivo, o mais importante é enfrentar as mesmas e corrigi-las, sublinhando que a postura do governo foi sempre acompanhar a evolução dos tempos, ouvir as opiniões, aceitar críticas. No entanto, lembrou que na manifestação de opinião o mais importante é cumprir a lei, fazê-la de forma pacífica e com contenção.
Por último, lembrou que, nos dias de hoje, com o desenvolvimento das tecnologias e internet, o governo recolhe e procura consenso através de vários canais, e que deu sempre importância à opinião pública. No entanto, tem também de seguir políticas e estudos científicos e recordou que, nos últimos tempos, tem se procedido à revisão das políticas que chamam atenção da população, nomeadamente, a da habitação, trânsito, plano urbanístico de novos aterros, entre outras. Garantiu que continuará empenhado e atento ao trabalho relacionado com a vida da população.