O alerta de gripe pandémica (H1N1) dado pela Organização Mundial de Saúde mantém-se no nível 6, sendo a sua gravidade moderada. Actualmente, o nível de alerta de Macau é 6 (cor azul), sendo o risco de transmissão moderado.
No dia 12 de Janeiro, as crianças com sintomas de gripe que recorreram ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário representaram 50% do número total de doentes inscritos no Serviço de Pediatria. Quanto aos utentes adultos, 23% eram doentes com gripe. No dia 13 de Janeiro, nenhuma turma foi obrigada a suspender as aulas por infecção colectiva pela gripe. Até ao dia 13 de Janeiro, nenhum novo caso local de infecção pelo vírus da Gripe H1N1 foi sujeito a tratamento hospitalar. No entanto, os Serviços de Saúde continuam a manter o sistema de vigilância epidemiológica nos estabelecimentos escolares, lares e outras instituições.
No dia 13 de Janeiro 1621 cidadãos foram vacinados contra a Gripe H1N1. Desde 23 de Novembro até hoje, cumulativamente, 84.666 cidadãos foram vacinados.
A par disso, ultimamente têm surgido notícias nos meios de comunicação social atribuindo a um funcionário da área da saúde da União Europeia afirmações segundo as quais a actual onda de gripe A H1N1 (gripe suína) teria sido um acontecimento deliberado. Os Serviços de Saúde afirmam que a ocorrência do novo vírus da gripe A H1N1 é um facto que é do conhecimento de todos, e que o mesmo se tem propagado a nível mundial. Analisando o panorama actual, constata-se que este novo vírus da gripe não é tão violento como os vírus ocorridos nas pandemias de gripe anteriores, contudo, não devemos negligenciar os seus efeitos na globalidade. Como se trata do aparecimento de um novo vírus da gripe, a maior parte das pessoas não está imunizada e, caso não se vacine, vai ser infectada. A mortalidade da nova gripe é cerca de 2/10000 em regiões com boas condições de assistência médica, e é idêntica à gripe sazonal, contudo, a mortalidade diverge entre a gripe sazonal, que recai em idosos, e a nova gripe, que recai em jovens e crianças.
Uma das principais características da gripe é a sua imprevisibilidade e, para proteger a saúde e a vida da população, os Serviços de Saúde têm o dever de se preparar suficiente e adequadamente. Em virtude de estar devidamente preparado, o Governo da RAEM foi capaz de enfrentar o primeiro pico, ocorrido de Setembro a Outubro do ano transacto. Neste pequeno período de um mês, foram confirmados mais de 2000 casos, incluindo 10 casos graves, 4 casos ventilados e 2 casos de morte, que incluem um adulto que era saudável.
A Organização Mundial de Saúde e a maior parte dos peritos dos diversos países consideram que a vacina anti-gripal é a melhor forma de prevenir a gripe. A vacina contra a gripe H1N1 antes de ser colocada no mercado, foi submetida a vários ensaios clínicos, realizados simultaneamente em diversos países e regiões e em maior escala do que as vacinas anteriores. Macau só começou a administrar a vacina, um mês após a mesma ter sido administrada em alguns países do mundo, e na sequência da sua aprovação quanto à segurança pela Organização Mundial de Saúde e pelos vários países do mundo. Actualmente, há mais de 150 milhões de pessoas que se vacinaram contra a gripe no mundo, e a ocorrência de reacções adversas após a vacinação não é superior às da vacina da gripe sazonal. Os Serviços de Saúde vão continuar a administrar vacinas aos cidadãos, assim como vão manter a vigilância epidemiológica das reacções adversas ocorridas em Macau e em outras países e regiões, bem como publicar atempadamente as informações actualizadas aos cidadãos para referência.
(Linha aberta 24 horas do Centro de Coordenação da Gripe: 28700800, Fax: 28700863)