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Os Serviços de Saúde preparados para responder à epidemia de síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov

Serviços de Saúde
2015-05-30 23:37
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Em virtude de aparecimento de vários casos relativos à epidemia de síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov, os Serviços de Saúde reforçaram as medidas preventivas nas fronteiras, nas entidades de saúde e emitiram um alerta dirigido a todos os residentes locais que queiram deslocar-se à Coreia do Sul que devem prestar atenção à higiene pessoal e na eventualidade de aparecimento de sintomas, como por exemplo febre, devem recorrer imediatamente a tratamento médico informando os médicos da viagem efectuada. Os Serviços de Saúde salientam que os trabalhos preparativos para responder a uma eventual epidemia, já foram realizados de acordo com as normas de Lei de Prevenção e Tratamento das Doenças Transmissíveis e demais legislação.

Encontram-se 13 casos confirmados na Coreia do Sul

De acordo com notificação emitida pelos Serviços de Saúde de Coreia do Sul, para além do caso confirmado de infecção pelo novo tipo de coronavírus, identificado na Província de Guangdong, registaram-se 8 novos casos confirmados, o que significa que desde a ocorrência da confirmação do primeiro caso na Coreia do Sul, já foram confirmado, no total, 13 casos.

Estes oito novos casos confirmados são casos que ocorreram após contacto próximo com o primeiro caso confirmado e infectaram pessoas com idades compreendidas entre os 29 e os 79 anos. Uma (1) mulher com 46 anos de idade contraiu a infecção após ter estado apenas quatro horas na enfermaria a cuidar da sua filha, também ela vítima de infecção (terceiro caso confirmado). A infecção desta mulher foi confirmada no dia 25 de Maio; três (3) profissionais de saúde responsáveis pelo diagnóstico e tratamento do primeiro caso que ocorreu na Coreia do Sul também foram infectados. Um médico e duas enfermeiras com idades compreendidas entre 20 e os 50 anos. A infecção do médico de consulta externa foi confirmada no dia 26 de Maio, a infecção da enfermeira foi confirmada no dia 28 de Maio e de outra enfermeira foi confirmada no dia 29. Estes quatro (4) casos estão num estado clínico considerado estável.

Relativamente aos demais 4 casos, estes estão, também, internados, são 2 mulheres e 2 homens, com a idade compreendidas entre 49 anos e 79 anos, sendo que a infecção destes casos ocorreu pelo facto das pessoas terem estado na mesma enfermaria durante o período compreendido entre 15 e 17 de Maio. O homem com idade de 71 anos que sofre da doença oncológica no rim viu confirmada a infecção pelo síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov no passado dia 28 de Maio; outro homem com idade de 56 anos e uma mulher com idade de 49 anos foram internados devido a uma pneumonia acabando por verem confirmada a infecção e depois foram confirmados com Mers-Cov; o último caso identificado foi confirmado no dia 29 de Maio numa senhora com 79 anos de idade e com a historial clínico da Doença de Alzheimer e pneumonia.

No que concerne ao caso de MERS-Cov importado da Coreia do Sul e confirmado na Província de Guangdong caiu num homem, com a idade de 44 anos, é filho do terceiro caso confirmado de infecção pelo novo tipo de coronavírus, ou seja, é irmão menor do quarto caso confirmado. Após o aparecimento de sintomas, ele partiu no dia 26 de Maio, no vôo OZ723 da Asiana Airlines de Aeroporto Internacional de Incheon de Seul, capital da Coreia do Sul para Hong Kong. De acordo com informação do Departamento dos Serviços de Saúde de Hong Kong, foram registados 29 viajantes considerados como contacto próximo com o coreano em apreço na mesma avião, 18 deles estão em Hong Kong, os outros 11 visitantes já saíram da região vizinha, mas estão a ser acompanhados. Não houve nenhum registo de nenhum visitante residente de Macau. Contudo foi detectado que um passageiro do vôo, também cidadão coreano, considerado contacto próximo esteve, no dia 28, algumas horas em Macau, mas regressou a Hong Kong. Este coreano está a ser observado num local de isolamento e não manifestou nenhum sintoma de síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov.

Os Serviços de Saúde apelam outra vez a todos os cidadãos que tenham viajado no mesmo vôo, devem imediatamente, entrar em contacto com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde.

Em Macau doentes com doenças transmissíveis e o contacto próximo devem ser isolados de acordo com a base de legislação

De acordo com os dispostos no artigo 14.o da Lei n. 2/2004 referente à Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, os Serviços de Saúde têm direito de aplicar as medidas de observação médica ou exame médico em data e local indicados para as pessoas infectadas, suspeitas de terem contraído ou em risco de contraírem doença transmissível. Aquele que não cumprir as medidas, pode ser sujeito a medida de isolamento obrigatório, sem prejuízo da eventual responsabilidade criminal que ao caso couber.

A pessoa infectada, ou suspeita de ter contraído doença transmissível do 1.º grupo constante da lista anexa à lei incluindo o síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov, ou em risco de contrair essas doenças, pode ser sujeita a medida de isolamento obrigatório. A decisão , que é tomada pelos Serviços de Saúde determina a aplicação de medida de isolamento e os respectivos fundamentos devem ser remetidos, no prazo de 72 horas ao Tribunal Judicial de Base para efeitos de confirmação. Da confirmação referida pelo Tribunal Judicial de Base, o isolado ou os interessados podem interpor recurso para o Tribunal de Segunda Instância.

A aplicação das medidas de isolamento são necessárias para o casos identificados e para os casos suspeitos de infecção de doenças transmissíveis de modo a evitar o risco de disseminação a outras pessoas. De um modo geral após o aparecimento de infecção de tracto respiratório, a disseminação acontece porque muitos doentes não são submetidos a um tratamento oportuno e adequado ou, ainda, porque apesar de terem recorrido ao médico o diagnóstico pode não ser o mais adequado pelo facto dos pacientes ocultarem o historial de contacto. Assim, os indivíduos que forem considerados e definidos como contacto próximo com doenças tranmissíveis com alta taxa de mortalidade, serão isolados, sendo esta uma das medidas mais importante para a prevenção de disseminação das doenças transmissíveis.

Os Serviços de Saúde procederam aos preparativos para responder à epidemia

Desde 2012, ano em que apareceu o síndroma respiratória do Médio Oriente – Mers-Cov, e de modo a reforçar o conhecimento deste síndroma, os Serviços de Saúde organizaram várias conferências destinadas aos profissionais de sáude sobre o quadro clínico, método de diagnóstico e tratamento e enviaram orientações às entidades de saúde e aos profissionais de saúde.

O Centro Hospitalar Conde de São Januário dispõe de 25 camas instaladas na unidade de Isolamente e pode alargar a área para 19 camas e todas elas podem ser usadas num curto espaço de tempo. Os Serviços de Saúde tem disponíveis materiais suficientes para o uso em isolamento, para pelo menos, três meses. Por sua vez, os profissionais de saúde são submetidos à formação periódica e participam em simulacros realizados.

Os Serviços de Saúde Têm mantido uma comunicação estreita com a Organização Mundial de Saúde e com os Serviços de Saúde das regiões vizinhas, publicando diariamente a situação actualizada. Os casos que ocorreram na Coreia do Sul estão concentrados nas unidades de saúde e ainda não apareceu nenhuma disseminação comnunitária, por isso, não é necessário proceder a nenhuma limitação de viajem para este país. Contudo, os residentes locais que queiram deslocar-se à Coreia do Sul devem prestar atenção à higiene pessoal e no caso de um eventual aparecimento de sintomas tal como a febre, devem recorrer imediatamente a tratamento médico informando os médicos da viagem efectuada.

Até às 19h00 do dia 30 de Maio, um residente local que regressou da Coreia do Sul recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário devido a febre. Neste momento decorre a avaliação e análise laboratorial, prevendo-se que o resultado seja emitido antes de meia noite.

Até ao dia 25 de Maio, a Organização Mundial de Saúde tinha registado, em todo o mundo, 1.139 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente dos quais resultaram 431 mortes.

Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Tunísia, Itália, Espanha, Egipto, Malásia, Estados Unidos da América, Holanda, Algeria, Áustria, Turquia e Coréia do Sul, todos estes casos, têm relação directa e indirecta com os países do Médio Oriente.

No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, é sugerido que se deve tomar medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, que se deve tomar medidas para prevenção de disseminação através do contacto e evitando a disseminação através dos olhos, quando se prestam cuidados de saúde para os casos prováveis ou confirmados definitivamente, que se deve tomar medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera, quando se procedem a uma operação que possa produzir o aerossol.

Os Serviços de Saúde afirmam que, a partir do momento da recepção da notificação pela Organização Mundial de Saúde, reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva, e até ao presente momento, não foi detectada qualquer anomalia.

Os Serviços de Saúde lembram aos trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que vieram do Médio Oriente ou que se deslocaram ao Médio Oriente em viagem, e de comunicarem os casos suspeitos em tempo oportuno e tomarem as correspondentes medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção à higiene pessoal e alimentar, evitando a deslocação aos hospitais locais ou contactos com os doentes locais e os animais. Em caso de indisposição depois do regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem. Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português : http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800.


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