O Chefe do Executivo, Edmund Ho, iniciou hoje (6 de Agosto) uma visita de cinco dias à Região Autónoma da Mongólia Interior (RAMI), a convite do governo local.
À chegada a Hohhot, Edmund Ho teve logo um encontro com os dirigentes Chu Bo, secretário regional do PCC, e Uyunqing, presidente do governo regional. O primeiro deu as voas-vindas à delegação de Macau e fez uma apresentação sobre a situação actual da região, com votos de que a delegação empresarial possa aproveitar a deslocação para conhecer melhor a realidade local.
Por sua vez, Edmund Ho disse acreditar que a visita possa constituir uma base de cooperação económico-comercial entre as duas regiões fazendo votos que os empresários de Macau encontrem novas oportunidades de negócios.
Mais tarde, na recepção oferecida à delegação oficial de Macau, o Chefe do Executivo realçou a história, os ricos recursos e o surto de desenvolvimento da RAMI que a tornam hoje, conforme acentuou, "numa importante região política, económica, cultural e tecnológica".
Aquele responsável referiu que Macau, por sua vez, atravessa uma nova era económica com a liberalização da sua principal actividade industrial, apoiada por um conjunto de grandes investimentos, dizendo ainda que o território e a Mongólia Interior podem desenvolver uma cooperação frutífera, aproveitando as condições privilegiadas das duas regiões.
Depois de sublinhar o estreitamento de laços bilaterais após o estabelecimento da RAEM, Edmund Ho referiu a necessidade de agora encontrar espaços de cooperação em diferentes áreas, dizendo esperar desta visita, uma oportunidade para um melhor entendimento sobre o funcionamento da RAMI e a dinamização das relações comerciais bilaterais.
Por sua vez, o Secretário regional do PCC, Chu Bo, referiu que o trabalho rigoroso do governo da RAEM, liderado por Edmund Ho, na aplicação da política de "um país, dois sistemas" e "de elevada autonomia" e "da administração por locais", aliado aos esforços de toda a população, têm construído uma base firme para o progresso e desenvolvimento da economia do território.
Chu Bo adiantou que a Mongólia Interior, a primeira região autónoma de minorias da RPC, com grande evolução social e económica depois das políticas de reforma e abertura no país, dispõe hoje de novas oportunidades com a estratégia de desenvolvimento da zona Oeste do país.
Aquele responsável disse acreditar também que a RAEM e a RAMI, ambas com condições especiais e privilegiadas de desenvolvimento, poderão, após esta visita, dinamizar o intercâmbio e cooperação bilateral para um futuro mais brilhante.
Esta manhã, antes da partida no aeroporto de Macau, Edmund Ho tinha dito esperar, com esta visita, conhecer mais a fundo as mudanças e o desenvolvimento da Região Autónoma da Mongólia Interior após o implemento da política de abertura e reformas da China e o funcionamento das actividades comerciais com a Rússia, bem como fomentar as relações a diversos níveis, designadamente no comércio, turismo e cultura, entre as duas regiões.
Segundo o Chefe do Executivo, a zona comercial de Manzhouli, com um regime aduaneiro flexível, fruto da cooperação entre a China e a Rússia e administrada por uma comissão mista, constitui um exemplo de cooperação que poderá ser tomado como ponto de referência entre Macau e Zhuhai ou a Ilha da Montanha.
Após a recepção oficial, a delegação de Macau assistiu a uma sessão cultural acompanhada pelos altos dignatários do governo da RAMI.
Amanhã (07 de Agosto), após uma visita à cidade, a delegação oficial terá um encontro com Uyunqing, presidente do governo da RAMI. À tarde está programada a assinatura de um protocolo de cooperação e doação, seguida de encontro do Chefe do Executivo com a comunicação social e, à noite, uma recepção oferecida por responsáveis da cidade de Hohhot.