O Comissariado contra a Corrupção encaminhou hoje (dia 8), dois casos suspeitos de falsificação de documentos e faltas injustificadas, envolvendo funcionários do Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e dos Serviços de Saúde (SS).
O primeiro caso envolve 3 funcionários do IACM, um de apelido LAU, um colega de serviço de apelido FONG e o seu superior hierárquico. Este indivíduo, LAU, é suspeito de gerir um posto de abastecimento ilegal de gasolina, sito na Rua de Évora, na ilha da Taipa, entre 1999 e 2000. Durante esse período, o suspeito em causa permanecia todos os dias no posto e deslocava-se frequentemente a Zhuhai. Só à hora de entrada e saída do seu serviço é que se deslocava ao IACM para assinar a presença e, por várias vezes, pediu a colegas para lhe picarem o ponto.
Este caso foi descoberto pelo pessoal do CCAC e da Direcção dos Serviços de Economia no dia 29 de Janeiro do corrente ano.
Suspeita-se que o referido LAU, ao longo de quase dois anos, se ausentou do seu posto de trabalho, dedicando-se à exploração de actividades privadas. Nesse período, o suspeito recebeu da Administração mais de 100 mil patacas de vencimentos, recorrendo à falsificação do registo de assiduidade, com a ajuda de colegas.
No decurso da investigação, alguém confessou ter abandonado o seu posto de trabalho durante as horas de expediente e a falsificação de documentos de assiduidade.
O segundo caso envolve dois médicos dos Serviços de Saúde, suspeitos da emissão de atestados médicos falsos, bem como uma enfermeira de apelido TANG que, durante cerca de 2 anos, várias vezes pediu a estes médicos para lhe passarem "atestados" com a finalidade de faltar ao serviço. A enfermeira em causa, a pretexto de pretensos problema de saúde dos pais, pediu aos referidos médicos a emissão de atestados (sem qualquer consulta) para poder justificar as suas faltas. Após investigação, descobriu-se que os pais da enfermeira estão ausentes de Macau.
No decurso de investigação, alguém confessou ter emitido e utilizado atestados em condições "ilícitas".
Ambos os casos foram encaminhados hoje, para o Ministério Público.