O Chefe do Executivo, Edmund Ho salientou hoje (7) no encontro com os OCS em Pequim que o Governo da RAEM não interfere na transferência de quotas das concessionárias provisórias de exploração de Jogo, observando que o Governo procederá sempre em conformidade com os preceitos legais, afirmando ainda acreditar que a transmissão de quotas não influenciará a liberalização deste sector.
Revelou, a cerca da cedência de posição social detida na STDM por Henry Fok, afirmando que o mesmo o informara, em Pequim, da decisão tomada de ceder a totalidade da suas quotas na STDM e de criar em Macau, com o dinheiro de venda das quotas, uma instituição não lucrativa para apoiar o desenvolvimento de Macau.
Afirmando respeitar tal decisão, Edmund Ho sublinhou a posição do Governo da RAEM de não interferir em questões de transferência de quotas da sociedade em causa e que tudo se processará de acordo com a legislação, depois da solução que vier a ser encontrada entre Henry Fok e o outro accionista da sociedade, Stanley Ho.
O Chefe do Executivo reiterou ser a cedência de quotas assunto interno das empresas que não influencia a liberalização do jogo, desde que não constitua um obstáculo ao funcionamento da empresa e a sua futura capacidade de gestão, observando não serem justificáveis tantas especulações e preocupações geradas em torno desta questão.
Referindo-se às questões relacionadas com o jogo veiculadas na imprensa, manifestou haver em torno da liberalização do jogo, porque é uma indústria especial, pontos de vista diferentes vindos de diferentes sectores sociais, mas disse ser posição inabalável do Governo o desenvolvimento do sector do jogo pelas três empresas concessionárias, de acordo com os objectivos propostos a longo prazo em benefícios dos interesses de Macau. Considerou ainda ser a transferência de quotas um acto muito normal que não influencia a prosperidade deste sector.
Esclarecendo à questão que lhe foi colocada sobre a reclamação apresentada pela Asian American Sociedade de Diversões, S.A. ao Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, por considerar ter a Comissão do Jogo sido parcial no concurso de atribuição de exploração de jogo, o Chefe do Executivo referiu não ter contactado ainda aquele gabinete tão pouco ter tomado conhecimento sobre o assunto. Manifestou que de acordo com a Lei Básica, o Governo da RAEM tem total independência nas decisões sobre o jogo e que acredita que este assunto não sofrerá interferência dos serviços do Governo Central.
Edmund Ho frisou que o Governo da RAEM sempre recebeu com agrado investimentos de Taiwan e que em todo o processo do concurso do jogo foram observadas regras de equidade em relação a todas as empresas adequadamente criadas, incluindo as de Taiwan. Referiu que num concurso de atribuição de somente três concessões de exploração de jogo, haverá certamente vencedores e vencidos observando que tanto o Governo como a Comissão do Jogo estão acompanhar a evolução das questões existentes entre os sócios da Asian American, que são, conforme disse, questões internas da empresa.