Recentemente, realizou-se a 16.ª reunião plenária do Conselho para os Assuntos Médicos, presidida pelo seu presidente, Lo Iek Long. Na reunião foram igualmente convidados representantes do Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêuticos (ISAF) e do Departamento de Desenvolvimento dos Serviços de Medicina Tradicional Chinesa dos Serviços da Saúde para apresentarem a situação do desenvolvimento da medicina tradicional chinesa em Macau. A reunião contou com a presença da assessora Lu Hong, do Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, que ouviu atentamente opiniões e sugestões do sector médico, contribuindo para que o Governo da RAEM implemente de forma mais eficaz as suas diversas políticas.
Na reunião, o Presidente Lo Iek Long salientou, no seu discurso que, desde o 18.º Congresso Nacional, o País tem atribuído uma importância significativa ao desenvolvimento da medicina tradicional chinesa. Neste sentido, tem enfatizado o cumprimento das suas próprias leis para promover a modernização e a industrialização. Através das "Linhas Gerais do Planeamento Estratégico para o Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa (2016-2030)" e de diversos documentos de política, tem procedido ao planeamento, definindo claramente a promoção da medicina tradicional chinesa ao nível mundial. No início de Março deste ano, o "Relatório de Trabalho do Governo" apresentado nas "Duas Sessões" Nacionais reforçou ainda o aperfeiçoamento do mecanismo de transmissão e inovação da medicina tradicional chinesa, promovendo o seu desenvolvimento de alta qualidade. Para se integrar activamente na conjuntura do desenvolvimento nacional e construir um novo padrão de desenvolvimento da medicina tradicional chinesa, o Governo da RAEM tem impulsionado os trabalhos relevantes em várias vertentes. No âmbito da divulgação cultural, foram recrutados "Embaixadores de Promoção de Saúde da Medicina Tradicional Chinesa" para realizar acções de divulgação junto da comunidade, lares de idosos e grupos profissionais especiais, com o objectivo de reforçar o sentimento de identificação dos residentes com a cultura da medicina tradicional chinesa. No âmbito da formação de recursos humanos, foram organizados diversos cursos de formação académica, tais como o "Workshop de Formação Inter-regional da OMS", e foi criado Estúdio de Transmissão por Médico Experiente Reconhecido a Nível Nacional em Medicina Tradicional Chinesa, para reservar talentos de medicina tradicional chinesa de diferentes níveis. No âmbito da optimização de serviços, actualmente, cada residente de Macau beneficia, em média, de dois serviços de medicina tradicional chinesa por ano. Os esforços serão continuados com vista a aprimorar a qualidade destes serviços e optimizar a experiência médica dos residentes.
No âmbito da regulamentação de medicamentos chineses, o vice-presidente do ISAF, Ng Kuok Leong, salientou que a Lei n.º 11/2021, denominada "Lei da actividade farmacêutica no âmbito da medicina tradicional chinesa e do registo de medicamentos tradicionais chineses", visa reforçar o sistema de regulamentação de medicamentos tradicionais chineses em Macau, de modo a orientar o desenvolvimento saudável e ordenado do sector. Em simultâneo, em conformidade com as políticas nacionais e da Grande Baía que beneficiam a Macau, é concretizado o plano de construção da Zona de Cooperação, promovido activamente o modelo industrial de "Registo em Macau + Produção em Hengqin", elevada a competitividade de exportação de medicamentos tradicionais chineses fabricados em Macau, alinhando-os com o Interior da China e padrões internacionais. O Chefe da Divisão de Medicina Tradicional Chinesa do ISAF, Lam Fu Chong, apresentou de forma pormenorizada a situação da regulamentação de medicamentos tradicionais chineses e do desenvolvimento industrial em Macau, incluindo a gestão de todo o ciclo de vida dos medicamentos chineses tradicionais, o regime de registo e aprovação, bem como a forma como é possível tirar partido das vantagens do regime para impulsionar a investigação e o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa e a conversão de resultados, com o objectivo de apoiar o desenvolvimento do sector. Por outro lado, o representante do Departamento de Desenvolvimento dos Serviços de Medicina Tradicional Chinesa dos Serviços de Saúde apresentou uma visão abrangente sobre o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa em Macau, incluindo as políticas e oportunidades nacionais, o processo de desenvolvimento em curso, bem como os esforços dos Serviços de Saúde para garantir a qualidade dos serviços de medicina tradicional chinesa, a formação de recursos humanos e a divulgação cultural.
Os membros presentes concordaram que o modelo industrial de "Registo em Macau + Produção em Hengqin" é favorável ao desenvolvimento da medicina tradicional chinesa em Macau. Foi ainda sugerido que a introdução de preparações hospitalares de medicamentos tradicionais chineses de qualidade do interior da China pode beneficiar os residentes de Macau, propondo-se que o Governo da RAEM proporcione mais apoio para auxiliar na conversão de resultados de investigação científica, conjugando-os com os serviços de medicina tradicional chinesa e aplicações clínicas, de modo a alcançar o objectivo de "Cooperação Indústria-Universidade-Investigação". Foi ainda sugerida a necessidade de aprofundar o conhecimento das leis referentes aos medicamentos no estrangeiro, de reforçar a divulgação de políticas e a transmissão de informação, bem como de estabelecer uma plataforma de comunicação ao nível governamental para impulsionar a entrada de medicamentos tradicionais chineses de Macau nos mercados do Interior da China e internacional. Os participantes expressaram igualmente o seu agrado relativamente aos esforços do Governo da RAEM em promover o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa e apoiar o sector. Esperam que o Governo forneça apoio específico aos jovens médicos de medicina tradicional chinesa, proporcionando oportunidades de formação clínica e participação em investigação científica, bem como a formação de investigadores de alto nível, em conjugação com as tecnologias, como a inteligência artificial e as farmácias inteligentes de medicamentos tradicionais chineses, que visa impulsionar a "Cooperação Indústria-Universidade-Investigação". Simultaneamente, foi sugerida a criação de marcas distintivas de turismo de medicina tradicional chinesa, incluindo pacotes de alimentos medicinais, visando o desenvolvimento do turismo médico e a promoção da cultura da medicina tradicional chinesa.