Uma equipa de Macau composta pelos jovens locais, Sam Ka Lok, Loi Nga Hei e Cai Pei Jun, decolou-se, recentemente, a Hong Kong para participar na competição final de “Coding4Integrity – Hackathon Asiático de Combate à Corrupção para Jovens”, um evento organizado conjuntamente pelo Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), pela Associação Internacional de Autoridades contra a Corrupção (IAACA) e pela Comissão Independente contra a Corrupção (ICAC) de Hong Kong. Neste evento, o protótipo de plataforma de análise da contratação pública com recurso a inteligência artificial (AI) para a prevenção de corrupção, concebido pelos referidos jovens de Macau, foi destacado entre as equipas participantes de 14 países e regiões, tendo conquistado o primeiro lugar a nível internacional e vários prémios. O CCAC salientou que vai continuar a colaborar activamente com o País e a RAEM no sentido de dar importância à formação dos jovens, incentivando-lhes a participarem, com pensamento inovador, na construção de uma sociedade íntegra no País e em Macau, para que os mesmos possam mostrar o seu ponto forte no palco internacional.

O CCAC realizou, em Maio, as provas eliminatórias de Macau, onde foram selecionadas duas equipas representativas para participar em competições internacional e regional decorridas entre 15 e 19 deste mês, em Hong Kong. Estas competições requereram que as equipas desenvolveram um protótipo de solução digital para ajudar a lidar com os desafios relacionados com a corrupção na região asiática. O CCAC proporcionou, em conjunto com a entidade co-organizadora das provas eliminatórias, o Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau, às duas equipas de Macau uma série de acções de formação profissional e de apoio técnico.

Em 19 de Setembro que foi o dia da fase final da competição internacional, houve 14 equipas de jovens elites da Ásia, incluindo a equipa de Macau, que apresentaram sucessivamente o protótipo in loco ao júri composto por especialistas das áreas correspondentes, incluindo o UNODC, tendo demonstrado como recorrer à tecnologia para combater a corrupção. A avaliação e apreciação basearam-se na relevância e influência, qualidade da apresentação, conteúdo técnico, inovação e criatividade. No fim, a equipa de Macau “Just do” composta por Sam Ka Lok, Loi Nga Hei e Cai Pei Jun venceu o primeiro lugar com o protótipo da plataforma de análise da contratação pública com recurso à inteligência artificial “BidTrust”, tendo obtido ainda o prémio com maior reconhecimento público. O protótipo premiado da equipa de Macau tem como objectivo principal facilitar os serviços públicos na melhoria da eficiência na verificação dos documentos do concurso durante o processo da contratação pública bem como ajudar a detectar eventuais irregularidades, no sentido de prevenir a corrupção. A entidade organizadora elogiou o pensamento inovador da equipa premiada, pelo que esta será convidada, no final deste ano, na Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que terá lugar em Doha, Qatar, para apresentar o protótipo de prevenção da corrupção acima referido. Além disso, as equipas de Macau das competições internacional e regional também ganharam o prémio de “Amigo de Hong Kong”.

Os membros das equipas de Macau referiram que participar neste evento foi uma experiência rara, tratando-se de um intercâmbio de alta qualidade entre os jovens no âmbito do combate à corrupção e de uma ponderação mais profunda sobre o desenvolvimento da integridade. O vencedor da competição internacional, Sam Ka Lok, salientou que a competição lhe permitiu conhecer melhor o trabalho sobre o combate à corrupção e que, no futuro, irá continuar a aperfeiçoar-se, pondo em prática a sua experiência e os seus conhecimentos sobre a integridade adquiridos nesta ocasião, a fim de contribuir ainda mais para a sociedade de Macau. Cai Pei Jun, por sua vez, referiu que, nesta ocasião, teve a oportunidade de trocar mutuamente impressões e de desafiar com os jovens das várias regiões na matéria da integridade, ciência, tecnologia e criatividade, o que foi muito gratificante e que permitiu abrir os horizontes no campo internacional. Loi Nga Hei afirmou esperar o intercâmbio com os jovens internacionais possa continuar, permitindo que o mundo possa ver o ponto forte dos jovens de Macau, beneficiando mais a Macau através das experiências internacionais.

O CCAC agradeceu pelos esforços envidados pelos jovens representantes de Macau neste evento, sendo uma honra que a referida equipa ter atingido bons resultados em representação da RAEM. No futuro, continuar-se-á a proporcionar diferentes oportunidades aos jovens de Macau, incentivando e apoiando-os no alargamento da sua visão internacional, por forma a contribuir à construção de uma sociedade íntegra no País e em Macau.