Foi anunciado o resultado da selecção de propostas apresentadas para a “61.ª Exposição Internacional de Arte La Biennale di Venezia – Evento Colateral de Macau, China”, um evento organizado pelo Museu de Arte de Macau (MAM), sob a égide do Instituto Cultural (IC). “Polifonia de Jacone”, proposta pelos curadores Feng Yan e Ng Sio Ieng, em colaboração com os artistas de Macau, Fok Hoi Seng, O Chi Wai e Lei Fung Ieng, foi seleccionada. A equipa representará Macau na exposição em Veneza, Itália, em Maio de 2026.
O processo de selecção das propostas de exposição para o Evento Colateral de Macau, China desta vez foi conduzido em estrita conformidade com os procedimentos estipulados no Regulamento. O IC convidou curadores/grupos curatoriais de destaque que se distinguiram no Concurso de Propostas de Exposição no âmbito do “Projecto de Curadoria Local” da “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2025” a apresentar propostas, recebendo um total de seis candidaturas. O júri, composto pelo renomado curador e crítico de arte independente Feng Boyi, pelo Vice-Presidente da Academia de Belas-Artes de Guangzhou, Hu Bin e pelo representante do IC, Tong Chong. As propostas foram avaliadas com base em critérios como o grau de pertinência em relação ao tema, o conceito curatorial, o carácter visionário, académico, original, inovador e único, exequibilidade e operacionalidade da proposta, para seleccionar a proposta mais destacada.
A proposta seleccionada, “Polifonia de Jacone”, constrói um diálogo multifacetado, que transcende tempo e espaço, entre a história e a era contemporânea, em torno da trajectória criativa e das explorações de fusão cultural do artista Wu Li (seu nome português é Jacone), que estudou teologia em Macau durante o início da dinastia Qing, através da lógica narrativa “polifónica”. Ecoando o tema da Bienal deste ano, “Em Tons Menores”, a proposta explora a fluidez e a fusão da cultura, da crença e do espírito num contexto globalizado, realizando caminhos para a compreensão intercultural e a autorreflexão, preservando simultaneamente a singularidade cultural. Isto destaca o gene singular de Macau como um centro importante do intercâmbio cultural entre o Oriente o Ocidente.
O júri elogiou a proposta pela sua abordagem, que toma como ponto de partida a ligação histórica entre Wu Li e Macau. Através do seu contexto religioso e cultural, ressoa com o contexto de Veneza, Itália, demonstrando a profundidade académica e a originalidade. A proposta não só reflecte a fluidez cultural e o diálogo espiritual, como também destaca a presença histórica e a vitalidade contemporânea do multiculturalismo de Macau. Os curadores Feng Yan e Ng Sio Ieng actuam há muito tempo no campo da arte contemporânea, enquanto Fok Hoi Seng, O Chi Wai e Lei Fung Ieng, são jovens artistas de Macau que participaram em várias exposições internacionais e projectos de arte, sendo especialistas na exploração da identidade cultural e do diálogo transregional.
Criada em 1895, a Exposição Internacional de Arte La Biennale di Venezia é o maior e mais antigo evento internacional de arte contemporânea do mundo. A edição de 2026, dedicada ao tema “Em Tons Menores”, proposto pelo renomado curador Koyo Kouoh, espera criar um grande evento artístico polifónico, focalizado em diversas vozes e narrativas marginais na cultura global. Desde 2007, o MAM tem participado activamente nesta plataforma internacional, promovendo consistentemente o encanto singular e a energia criativa da arte contemporânea de Macau para o mundo, oferecendo inspirações importantes e expectativas tanto para a círculo artístico quanto para o público.